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Vendas no varejo em agosto caem 3,1%, maior queda para o mês e terceiro pior resultado para o setor em 20 anos

As vendas no varejo recuaram 3,1% em agosto, na comparação com julho. É o pior resultado para o mês da série histórica do IBGE. Os sucessivos aumentos nos preços de alimentos, combustíveis e energia têm deixado o orçamento mais apertado, reduzindo o ímpeto do consumo, dizem analistas. Até o segmento de hiper e supermercados teve queda.

O resultado de agosto foi também o terceiro pior para todos os meses desde que o IBGE começou a fazer o levantamento, em 2000. Apenas em abril e dezembro do ano passado os tombos foram piores. Em abril de 2020, o comércio recuou 18,40%, em meio às restrições necessárias para conter a circulação do coronavírus logo no início da pandemia. Em dezembro passado, a queda foi de 6,10%, refletindo uma redução no valor do auxílio emergencial.

No ano porém, o comércio varejista ainda acumula alta de 5,1%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.

Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em agosto, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico, que despencaram 16,0%. Essa atividade é composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento.

Foi um setor que sofreu bastante no início da pandemia, mas se reinventou com a reformulação das suas estratégias de vendas pela internet, lembra o gerente da PMC, Cristiano Santos.

“Isso culminou com crescimentos expressivos, principalmente em julho (19,1%) com o lançamento das plataformas de marketplace. Com muitos descontos, o consumidor antecipou o consumo em julho, fazendo com que o mês de agosto registrasse uma queda grande”, explica Santos.

O recuo no segmento de artigos de uso pessoal e doméstico foi o que mais puxou o indicador de vendas no varejo para para baixo. Mas há outras influências negativas. O setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que cresceu muito na pandemia, caiu 4,7%.

Combustíveis e mercados

O de combustíveis e lubrificantes (-2,4%) também recuou, assim como o de móveis e eletrodomésticos (-1,3%). Até hipermercados e supermercados tiveram queda, com baixa de 0,9% no mês.

“Hiper e supermercados, assim como combustíveis e lubrificantes, vêm sendo impactados pela escalada da inflação nos últimos meses, o que diminui o ímpeto de consumo das famílias e empresas”, diz Santos.

Segundo ele, a receita nominal (sem descontar a inflação) de hiper e supermercados ficou perto de zero (0,3%) e a de combustíveis recuou 0,7%. Isso mostra que houve efetivamente um gasto menor das famílias na passagem de julho para agosto, acrescenta Cristiano Santos.

As duas atividades que tiveram variação positiva no volume de vendas em agosto foram tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).

Apenas três estados com alta nas vendas

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em agosto na comparação com julho. A atividade de veículos, motos, partes e peças teve variação positiva de 0,7%, enquanto material de construção variou negativamente (-1,3%).

Na comparação com agosto do ano passado, houve queda de 4,1%. Foi a primeira queda nesta base de comparação desde fevereiro. O recuo ocorreu em praticamente todo o país. Houuve retração em 24 das 27 unidades da federação. Os três estados que ficaram no campo positivo foram Ceará (2,0%), Maranhão (1,0%) e Roraima (0,3%).

Fonte: O Globo

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