Após o descompasso durante o período da pandemia de 2020 a 2022, o cenário do mercado farmacêutico brasileiro em 2023 mostra uma aproximação da linha de tendência observada no período pré-pandêmico.
“A aparente ‘estagnação’ do mercado em 2023 provavelmente não se repetirá de 2024 a 2027, com projeções indicando um crescimento anual em volume na ordem de 5%”, relatou Paulo Paiva, vice-presidente LATAM da Close-Up International.
No contexto farmacêutico deste ano, os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) perdem relevância em termos de unidades, enquanto ganham importância em valores. Os MIPs, especialmente para o tratamento de dor e febre, também apresentam queda devido às incertezas relacionadas a novos ciclos epidemiológicos.
Entretanto, os produtos não medicamentosos emergem como a categoria de maior ganho em relevância em termos de unidades, mantendo estabilidade nos valores.
Conforme explicado pelo executivo, os anos de 2020, 2021 e 2022 foram marcados pela expansão impulsionada pela pandemia da Covid-19. Contudo, em 2023, observou-se uma retomada ao ritmo registrado em 2019. “Isso ocorreu tanto na América Latina quanto no Brasil, uma vez que não era sustentável manter o desempenho do mercado gerado pela pandemia. O desafio foi considerável para todo o setor, considerando o crescimento de uma pandemia já superada. O início de 2024 nos apresentará um mercado muito mais alinhado à tendência observada em 2019 do que ao cenário tumultuado dos anos 2020, 2021 e 2022”, esclareceu Paiva.
Fonte: Guia da Farmácia