Depois de 20 semanas parada em 3,50%, a mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 registrou sua primeira queda, para 3,47%, no Boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até a última sexta-feira.
Para 2020, o ponto-médio das estimativas para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do país voltou a subir, de -5,03% para -5,00%, vindo de um piso de -6,54% atingido no fim de junho.
A mediana das projeções para a inflação oficial em 2020 entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, voltou a subir, pela sexta semana consecutiva, de 2,77% para 2,82%.
Em relação a 2021, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se e 3,17% entre os campeões de acertos.
Entre os economistas em geral, a mediana das estimativas para o IPCA no fim deste ano também subiu, aí pela décima semana seguida, de 2,47% para 2,65%. Para o próximo, o ponto-médio de todas as projeções permaneceu em 3,02%.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,00% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2020 manteve-se em 2,00% ao ano na estimativa que inclui todo o mercado e em 2,00% ao ano entre os Top 5.
Para 2021, a projeção para a Selic permaneceu em 2,50% ao ano entre os economistas em geral e 2,00% ao ano entre os campeões de acertos.
A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi elevada, pela segunda semana consecutiva, agora de R$ 5,30 para R$ 5,35. Para 2021, o ponto-médio das projeções permaneceu em R$ 5,10.
Entre os economistas que mais acertam as previsões, a mediana das apostas manteve-se em R$ 5,40 no fim de 2020 e R$ 5,22 no de 2021.
Fonte: Valor