Luis Arce eassumiu, nesse domingo, 8, a presidência da Bolívia. Aliado de Evo Morales, que renunciou ao poder há cerca de um ano, em meio a protestos violentos, o novo presidente devolve o poder ao MAS, o Movimento ao Socialismo, que governou o país por 14 anos. Ex-ministro da Economia do governo de Evo Morales, apontado como o arquiteto do rápido crescimento da Bolívia no período afirmou que vai governar com o objetivo de unir uma nação dividida, ainda impactada pela crise política e pela pandemia do coronavírus.
“Temos diante de nós o grande desafio de reconstruir nossa economia, de gerar certezas, de gerar crescimento… de reduzir as desigualdades econômicas e sociais”, disseArceao Congresso boliviano.
Os chefes de estado da Argentina, Paraguai, Colômbia e Espanha, entre outros, além de altos funcionários do Chile, Irã e do governo de Nicolás Maduro, da Venezuela estiveram na cerimônia em que Arce prestou juramento ao povo boliviano.
Protestos, ocorridos neste domingo na capital La Paz e em grandes cidades, como Santa Cruz e Cochabamba, enquanto a cerimônia transcorria, evidenciam que o nível de tensão política continua alto.
As mudanças feitas pelo Congresso, controlado pelos socialistas, para reduzir a maioria necessária para aprovar novas leis e a planejada volta de Morales do exílio na Argentina, onde vive desde que deixou a Bolívia em 2019, são alguns dos principais aspectos rejeitados pela oposição.
Arce foi escolhido pessoalmente por Evo Morales, mas já disse que o ex-presidente não terá nenhum papel em seu governo. Morales deve voltar para a Bolívia na segunda-feira, antes de seguir para seu reduto rural em Chapare.
Fonte: Veja