Alguns dos maiores empregadores de Nova York estão pedindo que as autoridades locais permitam que colaborem na vacinação contra a Covid-19, argumentando que a lenta introdução do processo coloca a recuperação econômica do estado em risco.
Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Citigroup, KKR e dezenas de companhias participaram de uma teleconferência com o responsável estadual pela vacinação, Larry Schwartz, para oferecer seus serviços, de acordo com pessoas que estavam na conversa. As empresas ofereceram distribuição e logística, o que poderia ajudar a convencer o governo do presidente Joe Biden a aumentar a alocação de vacinas para Nova York.
“Nossa economia não vai se recuperar e não seremos capazes de trazer as pessoas de volta ao escritório até haver boa penetração das vacinas”, afirmou o CEO do Goldman, David Solomon.
Líderes de Wall Street, que têm trabalhado em torres praticamente vazias, se mostram cada vez mais preocupados com os atrasos contínuos que ameaçam o retorno à normalidade operacional.
A cidade de Nova York precisou cancelar milhares de horários marcados e fechar temporariamente 15 postos comunitários de vacinação devido à escassez de vacinas e atrasos de distribuição.
A cidade continua realizando a imunização, mas muitos hospitais e postos de vacinação pararam de oferecer novos horários para quem ainda vai tomar a primeira dose. Ainda há marcação de horários para receber a segunda dose.
Wylde participou da teleconferência e disse em entrevista que o objetivo é colaborar para que a vacina chegue ao público, não apenas aos funcionários das empresas envolvidas.
As companhias “sabem com o que os governos estaduais e locais estão lidando e estão apenas dizendo que têm conhecimento logístico, instalações médicas e pessoal capaz de acelerar a distribuição”, disse ela.
Representantes do prefeito Bill de Blasio e do governador Andrew Cuomo não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da reportagem.
De Blasio alertou diversas vezes esta semana que a cidade estava perto de ficar sem vacinas.
Segundo ele, cerca de 200.000 doses estão paradas porque a cidade está “sobrecarregada” com regras que a impedem a aplicação de segundas doses. As vacinas contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech e da Moderna requerem duas doses por pessoa.
Fonte: Exame