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Token do Corinthians será lançado em setembro e será listado no Mercado Bitcoin

O Sport Clube Corinthians vai lançar oficialmente em setembro um “fan token” chamado $SCCP, que vai permitir aos torcedores em todo o mundo interagirem com o time paulistano e receberem recompensas e acessos exclusivos ao dia a dia das equipes esportivas do clube, especialmente a de futebol masculino.

Anunciado em junho, como antecipado pelo Valor Investe, o “fan token” (FTO) será lançado no início do próximo mês, em meio às celebrações do aniversário de 111 anos do clube, que, segundo especulações, deve aproveitar a oportunidade para anunciar novos patrocinadores.

A expectativa do clube é de arrecadar cerca de US$ 1,7 milhão (R$ 8,8 milhões) com a oferta inicial de 850 mil unidades do criptoativo – cada uma deve custar cerca de US$ 2 (R$ 10,4).

“A emissão é o único momento em que o preço é determinado, pois trata-se da abertura. A partir daí, quem determina o preço é o mercado”, explicou José Colagrossi, superintendente de marketing, comunicação e inovação do Corinthians.

O token será listado na exchange Mercado Bitcoin, segundo informou ao site Alexandre Dreyfus, presidente (CEO) da Socios.com, a plataforma que emite os “fan tokens” por meio de uma derivação de outro criptoativo-base, o Chiliz.

No futuro, diz Dreyfus, a ideia é disponibilizar o ativo digital no máximo possível de plataformas, com vistas a alcançar os torcedores do clube em todo o Brasil.

“A questão do dinheiro é fundamental para os clubes. Há um teto para gerar receitas com ingressos, porque o estádio é limitado e os preços não podem subir muito por questões de responsabilidade social. Os ganhos com venda de camisas, espaços publicitários e ‘naming rights’ também são limitados. Os tokens são uma ótima alternativa”, afirma.

Colagrossi, do Corinthians, afirma que o acordo reflete a mentalidade da atual gestão de enxergar “potencial financeiro incalculável”, no engajamento digital dos torcedores no Brasil e no mundo. “Trata-se de uma entre várias iniciativas que serão lançadas pelo clube visando potencializar esse engajamento. Todas essas oportunidades, se bem trabalhadas e com responsabilidade, nos tornam elegíveis a voos muito mais altos e nos trarão uma capacidade cada vez maior de investimento tanto dentro como fora de campo”, completou o dirigente.

Contratação de Messi fez “fan token” do PSG ser mais negociado que bitcoin no Brasil

As FTOs são modalidades de criptoativos; em um paralelo com a natureza, é como se os criptoativos fossem um gênero constituído por um conjunto de espécies.

Essas espécies incluem criptomoedas (como o bitcoin), stable coins (criptoativos semelhantes às criptomoedas, mas com lastro em moedas fiduciárias), tokens que representam ativos reais, protocolos de DeFi e tokens utilitários.

Nesta última categoria é que se enquadram os “fan tokens”, criptoativos que conferem “utilidades” e direitos a seus detentores.

Uma vez adquiridos, eles dão aos torcedores o direito a benefícios como ingressos, itens promocionais e, em alguns casos, a depender da escolha do clube emissor, até poder de voto em decisões do dia a dia – a variedade e o alcance das recompensas são definidos pelas equipes.

É importante frisar que, à diferença das criptomoedas, como bitcoin e ethereum, e dos tokens escorados em ativos reais (como tokens de precatórios, por exemplo, ou tokens lançados por times de futebol para representar recebíveis ligados a atletas), os “fan tokens” não preveem rendimentos.

Os criptoativos podem, sim, subir de valor e, portanto, gerar um potencial de valorização a seus detentores caso haja um mercado secundário que permita revender tokens comprados na emissão. Mas a ideia primária é gerar recursos para os clubes, ampliando as fontes de receitas, e, para os torcedores, permitir novas formas de engajamento e participação, mesmo que de longe.

“O alvo principal não são os torcedores da velha guarda que frequentam o estádio, mas a geração de jovens torcedores que têm familiaridade com a tecnologia e que acreditamos que é a fatia que vai mais crescer nos próximos cinco a dez anos”, diz Dreyfus. Segundo ele, haverá um investimento da empresa no Brasil, com contratação de equipe local e propaganda em jogos na televisão e na internet.

De acordo com a Socios.com, o $SCCP é similar a outros tokens já lançados pela empresa em parceria com mais de 60 times no mundo – além de entidades de outros esportes, como equipes de Fórmula 1 e times de basquete da NBA, a liga americana.

No Brasil, o Atlético Mineiro foi o pioneiro, com o token $GALO, e a iniciativa teria rendido R$ 4,5 milhões ao clube mineiro. O Corinthians ainda não detalhou quantas unidades do token serão emitidas, qual será o valor unitário delas e qual a estimativa de arrecadação com a iniciativa.

Segundo a reportagem apurou, há outros times no país interessados em se envolver com o ecossistema cripto, e o São Paulo Futebol Clube pode ser o próximo a lançar um “fan token” pela infraestrutura da Chiliz/Socios.com.

Na Europa, criptoativos semelhantes já foram emitidos, com sucesso, por gigantes como Barcelona, Juventus, Atlético de Madri, Milan, Manchester City, Arsenal e Paris Saint-Germain – alguns deles estão disponíveis na plataforma do Mercado Bitcoin.

O clube francês, aliás, acabou colaborando com a fama dos FTOs há duas semanas, quando seu token disparou de valor após o anúncio da contratação do atacante argentino Lionel Messi, que deixou o espanhol Barcelona.

À ocasião, foi informado ainda que Messi recebeu parte das gratificações acertadas na contratação em “PSG Fan Tokens”. O clube francês não divulgou a proporção dos criptoativos na negociação, mas garantiu que o valor é “significativo”, e relatos estimam que a fatia cripto nos pagamentos gira entre 25 e 30 milhões de euros.

“Há muitos brasileiros que gostam de times europeus, como Barcelona ou PSG, se consideram fãs e gostariam de participar mais, mas não conseguem por causa da distância. Agora podem fazer isso, e o potencial é enorme”, diz Dreyfus, da Socios.com.

Ele exemplifica citando um fato curioso: “Quando Messi estava especulado no PSG, o token do PSG disparou. E, durante alguns dias, o volume de negociação do ‘fan token’ foi maior, no Brasil, do que o volume de bitcoins”.

Fonte: Valor Investe

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