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Pouso de emergência: cinco dias após início do ano, plano do CEO da Boeing para 2024 sofre revés

Furos mal executados, parafusos soltos no leme e, recentemente, uma parte da fuselagem se desprendeu durante o voo de uma aeronave nova, expondo passageiros aterrorizados a um vão na cabine a 4.900 metros de altitude.

Em poucos meses, a Boeing enfrentou uma série de falhas na qualidade que ameaçam minar a confiança do mercado na capacidade de fabricação da maior exportadora dos Estados Unidos, especialmente em relação ao seu avião 737 Max.

O incidente mais recente e grave ocorreu na última sexta-feira à noite, quando um painel em forma de porta se desprendeu enquanto um Boeing 737 MAX-9 da Alaska Airlines decolava de Portland. Os reguladores reagiram prontamente, ordenando a paralisação de 171 aeronaves da variante em menos de 24 horas após o incidente, incluindo toda a frota de 737 Max 9 nos EUA. Embora não tenha havido feridos graves, as autoridades destacaram a sorte como fator crucial para evitar uma tragédia.

Para o CEO da Boeing, Dave Calhoun, o episódio com a Alaska Air é mais um golpe em seus esforços para estabilizar a empresa após meia década de tumultos, ocorrendo poucos dias após a virada do ano, que ele considerou crucial para a reviravolta da companhia.

A Boeing ainda enfrenta as repercussões dos dois acidentes fatais do 737 Max quase cinco anos atrás, que abalaram a confiança na empresa. Agora, a tensa relação da Boeing com seu principal fornecedor, a Spirit AeroSystems Holdings Inc., está prestes a ser submetida a um novo escrutínio.

Richard Healing, ex-membro da National Transportation Safety Board, expressou a esperança de que as autoridades investiguem rapidamente o incidente para determinar se foi um caso isolado ou se houve falha na qualidade durante a fabricação. Ele sugeriu uma análise abrangente, observando que a NTSB examinará o processo de fabricação do 737 Max-9, com foco nos componentes ao redor da abertura da porta.

A Spirit AeroSystems, sediada em Wichita, Kansas, constrói a maior parte da fuselagem do 737, e questões de qualidade, alta rotatividade de trabalhadores e conflitos trabalhistas têm afetado a empresa desde a pandemia de Covid e o bloqueio do Max em 2019. O novo CEO, Pat Shanahan, está trabalhando para reestruturar as operações em colaboração com a Boeing.

O incidente da Alaska Air levou os reguladores dos EUA a ordenar inspeções de emergência em 171 modelos Max-9 da Boeing em todo o mundo. Embora as interrupções nas viagens aéreas sejam provavelmente temporárias, as consequências ainda podem afetar as projeções de produção da Boeing para o 737 neste ano.

Calhoun, que lidera a Boeing desde 2020, reconheceu previamente que o caminho para a recuperação seria acidentado, e agora enfrenta o desafio adicional de estabilizar as fábricas e restaurar a confiança dos clientes em meio a esses recentes problemas de qualidade.

Fonte: Bloomberg

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