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Assocham prepara abertura de representação no país

A Associação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia (Assocham) anunciou ontem que vai abrir um escritório de representação no Brasil em busca de oportunidades de investimentos para suas empresas-membros, devendo também reativar o Fórum Empresarial Brasil-Índia. Os empresários também cobram a isenção de visto prometida pelo presidente Jair Bolsonaro, para facilitar a circulação de investidores.

No total, 164 empresas indianas se registraram para o fórum de empresários do qual Bolsonaro participou em seu último dia da visita à Índia. O presidente foi aplaudido de pé mais de uma vez, com representantes empresariais indianos elogiando os rumos tomados pelo governo na economia.

De concreto, porém, só surgiram “promessas sem oportunidade de concretização” durante café da manhã de Bolsonaro com alguns grandes empresários indianos, conforme contou um participante. Mas ficou claro na visita que o setor privado dos dois lados não vai esperar governos para buscar negócios nos respectivos mercados.

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a dizer que “o Brasil mudou”. O ministro indiano do Comércio, Industria e Ferrovias, Piyush Goyal, prometeu “mover montanha para atingir nossos objetivos comuns”.

O secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do governo brasileiro, Marcos Troyjo, destacou que, para o Brasil, a chamada Ásia do Leste é o epicentro da economia e que o atual desenvolvimento da Índia demanda mais alimentos e infraestrutura. E o Brasil tem condições de exportar mais frango e outros produtos importantes para esse mercado.

Em seu discurso aos empresários indianos, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, mencionou a estratégia de abertura da economia brasileira e elogiou a Índia, país que ao seu ver “está se modernizando sem abrir mão de suas tradições e valores, e está se construindo a partir de suas raízes e essência e não a partir dos dogmas dos que formam o mundo pós-nacionalista ou antinacionalista”.

Araújo destacou que a Índia não seguiu “aqueles que dizem que nações deveriam renunciar a suas identidades para serem competitivas”. E completou dizendo que “é justo o oposto. Apenas nações que se reconhecem como nações podem aspirar ser algo no mundo. Essa é a lição da Índia e também a que o Brasil está tentando dar ao mundo”.

De seu lado, a ministra brasileira da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou à plateia que o Brasil vai se tornar “uma potência agroambiental global”. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse aos empresários indianos que o crescimento econômico do Brasil está acelerando e o país terá que atender ao aumento da demanda de energia em cerca de 4% ano nos próximos dez anos, o que gera oportunidades importantes de investimentos.

Segundo ele, a participação de fontes renováveis na matriz energética do país vai aumentar para 48% na próxima década. Ele destacou ainda o papel do setor nuclear na transição energética. “Será uma prioridade para o Brasil.Temos vantagens únicas nessa área, dominamos o ciclo do combustível nuclear, possuímos grandes reservas de urânio e pretendemos ser atores relevantes no mercado de combustível nuclear”, afirmou.

Entre executivos presentes, o diretor-superintendente da WEG Energia, João Paulo Gualberto da Silva, disse a jornalistas que a empresa está aberta a oportunidades na Índia. A WEG acabou de anunciar a expansão de sua fábrica próxima de Bangalore, no sul da Índia, para produzir motores industriais.

Outras empresas brasileiras aproveitaram para informar sobre seus investimentos no país. A startup SalaryFits quer vender o conceito de crédito consignado na Índia e já trabalha com dois bancos locais para isso. O escritório Nelson Wilians & Advogados Associados, de São Paulo, inaugurou endereço em Nova Déli. E, apesar de a tributação sobre bebidas alcoólicas na Índia superar 160%, a Taverna Mineira acaba de fechar um contrato para venda de 5 mil litros da sua cachaça.

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/

Foto: O ministro indiano Piyush Goyal: promessa de “mover montanhas para atingir objetivos comuns” — Foto: Alan Santos/PR

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