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Bemobi, uma veterana do ‘ringtone’ na era do ‘nanocrédito’ via celular

Uma multinacional brasileira que opera em 41 países, mas cujo nome praticamente ninguém conhece, dobrou de tamanho na última semana com duas aquisições. A Bemobi (do inglês “be mobile”), que vende pacotes de apps por assinatura a clientes de celular pré-pago, deve atingir receita anual de R$ 520 milhões com as transações, estimou o BTG Pactual. O salto se dá seis meses depois de a Bemobi estrear na Bolsa movimentando R$ 1,2 bilhão. Nada mal para uma empresa que começou vendendo relíquias como ringtones em um era pré-smartphone.

A trajetória da Bemobi é um case de “pivotagem”, termo para mudanças radicais de produto nas start-ups. Fundada há 12 anos em uma salinha em Botafogo — aliás, no mesmo prédio da VTex, que acaba de fazer IPO em Nova York —, a empresa surgiu oferecendo conteúdos que iam de alertas de gol a cotações da Bolsa. Tudo vendido através das operadoras.

A festa acabou com a chegada do 3G e do iPhone, que retiraram essas receitas das mãos das teles e passaram para as lojas de Apple e Google. O problema era que clientes de mercados emergentes não estavam pagando pelos apps.

— Havia um atrito claro: meios de pagamento. As lojas muitas vezes exigiam cartão de crédito internacional e cobravam o mesmo preço dos EUA — afirma o CEO Pedro Ripper (foto), que foi presidente da Cisco Brasil e diretor da Oi antes de se juntar à Bemobi em 2013.

Acabou o crédito

A oportunidade que a Bemobi viu foi empacotar vários apps, de Galinha Pintadinha a Crossy Road, em uma assinatura com preço acessível. O Apps Club é disponibilizado às operadoras com as marcas delas — daí poucos saberem que a Bemobi existe —, e é a tele que oferece ao cliente e faz a cobrança.

Em 2016, a empresa enxergou a chance de extrair mais valor desse relacionamento com o usuário. Na hora em que a operadora avisa que o saldo acabou, a Bemobi passa a oferecer adiantamento de dados ou minutos. O valor é descontado da recarga seguinte. É nessa “perna” que entram as duas aquisições recentes.

A Bemobi pagou US$ 17,4 milhões pela chilena Tiaxa, líder global dessa modalidade que inspirou a própria firma carioca. Outro ponto alto é sua inteligência de análise de crédito, diz Ripper. A segunda aquisição foi da M4U, dentro da qual, curiosamente, a Bemobi nasceu. A empresa pertencia à Cielo, que vai receber até R$ 185 milhões. Ela processa as recargas de celular e tem um sistema antifraude robusto.

— Sentíamos que estávamos apenas arranhando a casca desse mercado de microfinanças. Agora, estamos melhor posicionados. A fatia desse segmento nas nossas receitas sobe de 8% para 41% — conclui.

Fonte: O Globo

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