O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a população terá que conviver “por longo tempo ainda” com a inflação nos alimentos. De acordo com Bolsonaro, isso é uma consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia.
— A gente acompanha os problemas a 10 mil quilômetros de distância. A Ucrânia é um grande país exportador de trigo. E isso tem um repique, um repique na inflação do mundo todo. Pelo que se tem demonstrado, a inflação na questão alimentar terá que ser convivida por um longo tempo ainda — discursou Bolsonaro, durante evento no Palácio do Planalto.
Na semana passada o IBGE divulgou que a inflação em março foi de 1,62%. No grupo dos alimentos e bebidas, os preços de itens muito consumidos pelas famílias brasileiras tiveram forte alta, como leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%) e pão francês (2,97%).
A cenoura, que já vinha em forte alta, voltou a subir, mais 31,47%. E os preços do tomate subiram 27,22%.
Bolsonaro ainda afirmou que a inflação nos Estados Unidos — que ficou em 8,5% nos últimos 12 meses — seria maior que a do Brasil. Entretanto, no mesmo período o índice no Brasil foi de 11,3%.
— O Brasil é um país que, na economia, tem se despontado como um daqueles que menos sofreu perante o mundo. Aqui não se tem notícia de escassez de alimentos. Países outros, além de uma inflação muito maior do que a ocorrida no Brasil, como por exemplo, Estados Unidos, 8,5%, já existe desabastecimento de alguns produtos.
Fonte: O Globo