O presidente Jair Bolsonaro comemorou pelo Twitter a assinatura de 15 acordos bilaterais entre o Brasil e a Índia. Segundo ele, as parcerias poderão fazer com que o comércio – que hoje movimenta US$ 6 bilhões por ano – ultrapasse os US$ 50 bilhões em dois anos.
Bolsonaro está em viagem oficial pela Índia e foi recebido pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Por lá, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o presidente falou rapidamente, mas destacou que “numa viagem internacional, não tínhamos notícia de tantos acordos, e bons acordos, serem assinados”.
Segundo o jornal, o principal acordo assinado é o de cooperação e facilitação de investimentos (ACFI), que o Brasil já possui com países como Emirados Árabes Unidos, México, Moçambique e Peru. Na prática, ele busca dar maior segurança jurídica e incentivar investimentos.
Foi assinado também um acordo envolvendo o tema da Previdência, conforme destacou a Folha de S.Paulo. Por meio dele, agora os executivos que trabalham expatriados poderão contar o período de tempo fora para a aposentadoria.
Outro acordo celebrado faz referência a um memorando de entendimento sobre cooperação de bioenergia. De acordo com a Folha de S.Paulo, ele tem como objetivo fazer com que a produção e o uso do etanol no mercado indiano cresçam, o que poderia ajudar a dar certo alívio para as distorções causadas por conta dos subsídios que o governo da Índia oferece ao açúcar.
Além disso, foram assinados acordos com foco em cooperação ao longo de investigações criminais, intercâmbio cultural e de material genético de gado bovino leiteiro, medicina ayurvédica e homeopatia, exploração de óleo e gás, recursos minerais, segurança cibernética, assim como uma parceria entre a Apex e a Invest-India.
O jornal ainda falou que, apesar de Bolsonaro ter dito que o comércio com o País poderá ultrapassar os US$ 50 bilhões até 2022 e ter creditado o número a Modi, a declaração oficial da visita destaca apenas uma “meta realista de US$ 15 bilhões”.
Vistos
Apesar de as várias tentativas dos indianos em fazer com que Bolsonaro assinasse a isenção de vistos para cidadãos do País entrarem no Brasil, o anúncio não saiu. A pressão era em função de declarações feitas pelo presidente brasileiro na China e na cúpula dos Brics anteriormente e que diziam que a isenção seria assinada em breve.
Fonte:https://www.seudinheiro.com/2020/economia/
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