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Como ser sustentável? “Basta começar”, diz chefe de ESG da Ikea

Na Conferência dos Oceanos, Elisabeth Munck af Rosenschöld, head global de sustentabilidade da varejista Ikea, falou à EXAME com exclusividade sobre redução de emissões de carbono, impacto em pessoas e outras práticas de sustentabilidade da companhia

A empresa sueca de móveis e itens de decoração para casa Ikea é uma das queridinhas na Europa não só por seus produtos com design minimalistas, mas também pelo modelo de negócio que considera a sustentabilidade na operação e na cadeia. Em uma estratégia chamada People & Planet Positive, ou Pessoas e Planeta Positivos, em tradução livre, há metas para serem cumpridas até 2030 que olham desde a economia circular até a promoção de uma vida melhor.

Neste contexto, Elisabeth Munck af Rosenschöld, head global de sustentabilidade da Ikea, participou de um painel oficial da Conferência dos Oceanos, evento promovido pela Onu em Lisboa, Portugal. Na ocasião, a executiva conversou com a EXAME com exclusividade sobre como a companhia pretende diminuir a pegada de carbono, investir em tecnologias e promover a agenda ESG (sigla em inglês para ambiental, social governança).

Como o Ikea tem colocado a sustentabilidade no centro do negócio?

Nós temos uma estratégia que é integrada às decisões de negócio e tudo o que fazemos considera sustentabilidade. Isto ocorre a partir de três pilares para serem cumpridos até 2030: auxiliar que ao menos 1 bilhão de pessoas tenham vidas mais sustentáveis em casa com os nosso produtos, ser clima positivo de forma a ter um negócio circular, e criar impacto social em toda a cadeia de valor. Isso sgnifica que é possível ser uma companhia que continua crescendo, com diversidade, e que considera esses pilares também nos negócios de quem compramos.

Como a Ikea irá diminuir as emissões de carbono da operação?

Olho de forma integrada para a área de suprimentos e logística, que é responsável pelo transporte de todos os insumos e produtos. Esta área da empresa, por exemplo, é central para a descarbonização uma vez que envolve caminhões, trens e até transportes marítimos.

Então, estamos trabalhando para diminuir nossa pegada de carbono em uma média de 70% em termos absolutos das operações logísticas quando comparamos com as emissões de 2017. Estamos focados em reduzir, repensar e substituir itens da operação, pois 2030 está logo aí. Um exemplo mais claro de como estamos agindo é com a substituição de combustíveis fósseis para opções mais limpas.

Sustentabilidade é sobre a integração dos negócios, considerando inovação e tecnologia que nos permita a assertividade. Além disto, precisamos de colaboração porque não vamos fazer essa transformação economica sustentável sozinhos.

Apesar de não venderem no Brasil, o país faz parte da estratégia de suprimentos sustentáveis?

Outros colegas podem confirmar essa informação, mas é importante reforçar que todos os países devem estar na jornada de sustentabilidade. O Brasil tem a Amazônia e outros biomas e estamos, por exemplo, sempre olhando para a compra de madeira sustentável e certificada, que não contribua com o desmatamento.

Qual a importância de estar na Conferência dos Oceanos e como a empresa trata o tema?

É muito importante estar aqui e ver pessoas de todo o mundo falando sobre os como manejar os problemas para encontrar soluções para os oceanos. É necessário que nós e outras companhias privadas estejam aqui porque a Conferência trata da pespectiva de como os diferentes atores do sistema são essenciais e de como só conseguiremos mudanças juntos.

Em 2018, por exemplo, a Ikea anunciou o compromisso de remover todos os produtos plásticos de uso único até 2020 e se tornou membro da NextWave, iniciativa que envolve líderes empresas, cientistas e ONGs focadas em tecnologia e no consumidor para integrar o plástico do oceano em produtos de consumo de maneira escalável. Isto é um pequeno passo se pensarmos em toda a indústria.

Qual a dica para as companhias que desejam ser mais sustentáveis?

Apenas comece. A mudança é urgente.

Fonte: Exame

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