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Conheça o CEO brasileiro de empresa dos EUA que fatura US$ 432 milhões com panelas

Royal Prestige quer tranformar o Brasil em seu segundo maior mercado em três anos; atualmente, país representa 1% do faturamento global

Um negócio com faturamento de US$ 423 milhões em 2021, a marca americana de panelas Royal Prestige quer crescer no Brasil — origem de quase R$ 24 milhões em vendas, ou 1% das receitas globais. Parece pouco, mas a aposta no Brasil tem um motivo especial: o CEO da companhia, Paulo Moledo, é um brasileiro.

Em três anos, pretende que o Brasil chegue a segunda posição, ocupada pelo México, que detém cerca de 30% – os Estados Unidos concentram 50% do negócio. A empresa atua no segmento premium com cerca de 85 produtos entre panelas, facas, copos e liquidificadores, itens cujos preços podem variar entre R$ 200 a R$ 10 mil. A marca é reconhecida em parte por seus produtos feitos com aço cirúrgico e garantia de 50 anos.

Criada em 1959, em Madison, no estado de Wisconsin, a marca americana atua com o modelo de vendas diretas e tem a peculiaridade de focar toda a sua estratégia no mercado latinoamericano. A mudança veio há cerca de 30 anos quando perceberam que os distribuidores latinos deixaram para trás o grupo de americanos.

A empresa entendeu também que o seu posicionamento, com a proposta de reunião de familiares e amigos em torno da mesa para as refeições, dialogava mais fortemente com a cultura latinoamericana. “A companhia resolveu fazer o que estava dando certo e deixou a Royal Prestige só para consumidores latinos”, afirma Paulo Moledo, CEO e presidente da Hy Cite, empresa dona da Royal Prestige.

O brasileiro chegou à empresa em 2019 como vice-presidente sênior de estratégia, em fevereiro de 2020 assumiu como presidente e desde abril é também o CEO.

Como entrou para a Hy Cite

Há 24 anos fora do Brasil, o profissional entrou na companhia já fazendo a transição para assumir a liderança em um processo que durou cerca de três anos. A Hy Cite é uma empresa familiar e estava na sua segunda geração quando os membros decidiram por colocar um profissional de mercado no comando.

O convite a Moledo veio pelo seu conhecimento do mercado de vendas diretas no qual atua há 16 anos. Ao longo do período, acumulou experiências em empresas como a Avon e a Jafra, onde foi presidente para os Estados Unidos e membro do conselho. “Tem sido [uma experiência] maravilhosa e os resultados têm sido positivos, o que ajuda também”, afirma sobre os seus primeiros meses como CEO.

Ele define a sua ida para o exterior como um “sonho de menino que tinha vontade de conhecer o mundo”. Formado em economia, ele trabalhava na área de finanças de uma companhia quando teve a oportunidade, no fim da década de 1990, de ir atuar na sede da empresa nos Estados Unidos. “Eu aceitei o convite e nunca mais voltei”.

Por que o Brasil se tornou o mercado da vez

No país desde 2010, a Royal Prestige acredita que o momento atual é o adequado para expandir a operação. À época da entrada no Brasil, a empresa tinha desembarcado também em outros países da região e optou por ajustá-los primeiro até pela facilidade do idioma.

“Estamos prontos para um crescimento mais agressivo”, diz Moledo. Ele conta que ao longo desse tempo de Brasil a marca conseguiu formar uma rede de distribuidores, ajustar questões burocráticas e legais e ainda alinhar as ações em que procura oferecer experiência premium aos potenciais clientes, o que inclui demonstração dos produtos e experiência gastronômica.

É a partir desta percepção que a marca começou a fazer uma ofensiva midiática para ser reconhecida pelo público. Com investimentos de 7,2 milhões em estratégia de comunicação em 2022, entrou como patrocinador do programa Masterchef, da Band, iniciativa que deve repetir para 2023. E tem usado influenciadores tanto do segmento de gastronomia quanto de empreendedorismo para apresentar a marca e o seu modelo de negócios.

Fonte: Exame

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