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De BMW a Porsche, marcas de luxo batem recordes de venda no Brasil em 2021

Parece não existir crise para o setor de carros de luxo: BMW, Ferrari, Porsche e Volvo já estão melhores neste ano que no primeiro trimestre de 2020 – ainda que o segmento tenha caído 1,7% neste período. Só que, em relação ao mês de fevereiro, as 15 empresas associadas à Abeifa (que reúne importadores e fabricantes de veículos) saltaram de 4.258 unidades para 5.887 unidades.

No caso da BMW, por exemplo, houve pequena redução no volume de veículos importados em relação aos três primeiros meses de 2020. Com isso, o acumulado foi de 749 vendas, contra 793 do ano passado, o que representa queda de 5,5%. Por outro lado, a produção nacional de Araquari (SC) cresceu 19,2% no mesmo período, com 2.032 emplacamentos. Ou seja, 327 veículos a mais.

E o destaque da marca ficou por conta do sedã Série 3, que, em janeiro, ganhou motor bicombustível – que pode ser abastecido com etanol ou gasolina –, além de chave digital que permite abertura de portas e acionamento do motor por celular e smartwatch. Há cinco configurações do modelo disponíveis aqui, com preços que variam de 253.950 reais (320i GP) a 506.950 reais (M340i).

“Famílias com renda que ‘suportam’ esse tipo de aquisição deixaram de gastar nos últimos meses, fosse com restaurantes ou com viagens. Se queriam comprar determinado carro, perceberam que agora seria o momento. Sem dizer que a aquisição de um bem de alto valor, de certa forma, serve para compensar o lado negativo da pandemia”, diz Murilo Briganti, sócio da Bright Consulting.

Já a Ferrari, por sua vez, emplacou oito unidades neste começo de ano. Foram somente três unidades mais que no período de 2020, porém, é preciso levar em consideração que a F8 Tributo, modelo mais barato trazido ao país custa 3,8 milhões de reais. E foi a conversível F8 Spider, de 4,8 milhões de reais, que liderou as comercializações da empresa até agora: foram três unidades.

Por sua vez, a Porsche já vinha em ótimo momento: foram vendidos 2.449 carros em 2020, aumento de 32,4% em relação a 2019. E, desde janeiro, a marca continua em ascensão, com 749 emplacamentos no primeiro trimestre, contra 713 do mesmo período no ano passado. Só em março, foram vendidas 380 unidades, recorde histórico com 90% de crescimento em relação a fevereiro.

Curiosamente, o maior sucesso da empresa alemã não foi o Macan, modelo mais barato da marca, com preços a partir de 379.000 reais – e da queridinha categoria de SUVs. Isso porque o 911, esportivo que é oferecido por aqui em nove configurações que custam entre 689.000 reais (Carrera) e 1.509.000 reais (Turbo S Cabriolet), emplacou 180 unidades no acumulado até o mês de março.

“Marcas de luxo sempre tiveram seu negócio voltado para experiencia do cliente, fosse no momento da aquisição dos veículos ou por meio de experiencias exclusivas e encontros. Por isso, o movimento para o canal digital acabou sendo natural, rápido e, muitas vezes, apenas aperfeiçoados. Já os fabricantes com maior volume estão começando esses processos apenas agora”, afirma Briganti.

Quem também se deu bem durante a pandemia foi a Volvo, que teve ligeira queda de 2,7% ano passado quando comparado a 2019, mas se recuperou e assumiu a liderança entre os importados em 2021. Com isso, o primeiro trimestre teve 1.756 unidades vendidas, com aumento de 5,7% em relação a 2020. Mas, na comparação isolada de março, o resultado foi 88,8% melhor que fevereiro.

“Boa parte dos investidores brasileiros, como sabemos, é extremamente atrelada a poupança e à Taxa Selic. Em um momento em que os juros básicos atingem 2%, esse investimento passa a ser questionado e, para alguns, esse se tornar o momento de resgatar parte do valor investido para aplicar em qualidade de vida, segurança e conforto. Ou no carro novo”, diz sócio da Bright Consulting.

De acordo com a previsão do consultor especializado em mercado, o segmento de veículos de luxo deve continuar aquecido nos próximos meses. Entretanto, como temem outros setores da economia, um dos principais riscos previstos durante a pandemia é a falta de matéria prima para produção, como é o caso do aço, e também de componentes eletrônicos – que até parou fábricas no Brasil.

Fonte: Exame

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