O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou neste domingo (22), durante reunião virtual do G20, o Acordo de Paris. O governo do republicano anunciou a retirada do tratado em 2019, mas o presidente eleito Joe Biden já afirmou que reverterá a medida depois que tomar posse.
Para Trump, o acordo — que estabelece metas na redução das emissões de carbono — foi feito para “matar a economia americana”. A recusa em adotar meios de produção mais sustentáveis fez parte da campanha malsucedida do presidente em se reeleger, ao alegar que o comprometimento com medidas como o Acordo de Paris leva os EUA a perder postos de emprego.
“Para proteger os trabalhadores americanos, eu retirei os Estados Unidos do injusto e unilateral Acordo de Paris — um acordo muito injusto para os EUA”, disse Trump em declaração transmitida a partir da Casa Branca a outros líderes do G20.
“[O Acordo] não foi projetado para salvar o meio ambiente. Foi feito para matar a economia americana”, disse.
Trump também alega que os EUA reduziram as emissões de dióxido de carbono mais do que outros países. Embora seja verdade nominalmente, segundo a Associated Press, a diminuição no país sequer esteve entre as 10 maiores do planeta, em termos proporcionais.
Mais de 180 países ratificaram o Acordo de Paris, cuja meta é evitar que o aumento da temperatura em 1,5°C, idealmente. Segundo cientistas, se essa alta ultrapassar 2°C, o mundo pode vivenciar aumento no nível do mar, maiores tempestades tropicais e novas enchentes e desequilíbrio climático.
Os EUA são o segundo maior emissor de gases estufa do mundo, segundo dados do observatório Climate Watch. Em primeiro lugar, está a China. Na reunião do G20, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o país está comprometido em neutralizar as emissões de dióxido de carbono até 2060.
Fonte: G1