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Flash unifica plataforma para crescer em “novo” mercado de benefícios

A Flash Benefícios, que desafiou gigantes como Sodexo, Alelo e Ticket ao crescer com um cartão de benefícios flexíveis, expandiu suas operações ao longo de 2022.

Seguindo essa estratégia, a startup lançou no segundo semestre do ano passado dois novos produtos. Um deles é o Flash Expense, voltado para a gestão de despesas corporativas. O outro, chamado de Flash People, é uma plataforma SaaS (Software as a Service) que auxilia o departamento de RH em processos de admissão, engajamento, treinamento e people analytics.

Agora, a Flash está concentrando esforços para realizar vendas cruzadas desses três serviços. O anúncio oficial dessa integração foi feito nesta segunda-feira, 15 de maio, embora os testes tenham começado em novembro de 2022.

Naquela época, a Flash atualizou seu aplicativo, permitindo que os clientes do cartão de benefícios também gerenciassem suas despesas corporativas na plataforma. Cerca de 20 mil empresas utilizam o cartão de benefício da startup, e aproximadamente 1 mil já aderiram ao Flash Expense.

“Essa integração requer alinhamento entre produto, cliente, modelo e timing”, afirma Ricardo Salem, CEO e cofundador da Flash, em entrevista ao NeoFeed. “O maior desafio é mostrar aos clientes existentes da Flash que eles podem contratar esses novos produtos.”

De acordo com a Flash, um terço das novas empresas no último mês também optou por contratar o cartão de despesas corporativas. Pedro Lane afirma: “Muitas pessoas conhecem a Flash como um cartão de benefícios e não sabem que temos outros serviços. Levará algum tempo para expandir para toda a base de clientes.”

O próximo passo é permitir que o Flash People também seja integrado à plataforma. Nessa área, que aumentou o mercado endereçável da Flash em até R$ 10 bilhões adicionais, a startup compete com empresas como Totvs (que adquiriu 60% da Feedz por R$ 66 milhões) e Sólides (que recebeu um investimento de US$ 100 milhões do fundo de private equity Warburg Pincus no ano passado).

Atualmente, a empresa possui cerca de 30 CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) como clientes do Flash People, e espera aumentar esse número em dez vezes até o final do ano. Segundo uma pesquisa realizada pela startup com sua base de clientes, aproximadamente metade dos departamentos de RH deseja trocar suas ferramentas de gestão, e quase 60% deles utilizam cinco ou mais softwares para realizar o trabalho.

Em relação às finanças, a Flash já levantou mais de US$ 130 milhões com investidores como Tencent, Monashees e Tiger Global, entre outros. A empresa espera atingir o ponto de equilíbrio (breakeven) até o final de 2024, embora não revele dados de faturamento.

Nova legislação de benefícios

Além de aumentar a receita direta com os clientes, a Flash acredita que esses dois novos serviços podem ajudar a atrair novos clientes.

Atualmente, a empresa detém menos de 5% do mercado de benefícios no Brasil, enquanto as gigantes do setor (Sodexo, Alelo e Ticket) ocupam uma fatia de cerca de 90% de um mercado que movimenta R$ 150 bilhões por ano.

Ao oferecer esses dois novos serviços, a Flash também espera chamar a atenção de empresas que desejam mudar de fornecedor de benefícios. “A legislação nos permite crescer atacando o problema central da concorrência”, afirma Salem. “Isso cria uma oportunidade enorme, já que as empresas precisarão contratar o que for melhor para os trabalhadores.”

No início de maio, entrou em vigor a segunda fase do decreto 10.854/21, que trouxe mudanças na legislação trabalhista, mais especificamente em relação ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O decreto eliminou a prática do rebate, que permitia que as empresas do setor oferecessem descontos aos contratantes.

O rebate ocorria quando as operadoras de benefícios ofereciam descontos no valor total dos contratos às empresas, principalmente as de grande porte, na aquisição dos benefícios. Em média, segundo a Flash, esse desconto era de cerca de 2%.

Na prática, isso significa que se uma empresa gastava R$ 1 milhão por mês para fornecer benefícios aos seus funcionários, ela só precisaria repassar R$ 980 mil para a operadora.

Para compensar essa perda, a operadora de benefícios aumentava a comissão cobrada dos restaurantes que aceitavam o cartão. Por sua vez, os restaurantes aumentavam seus preços. No final, o custo recaía sobre o consumidor.

Outra mudança é o fim da possibilidade de as empresas quitarem seus pagamentos mensais a longo prazo. Isso significa que as empresas devem fornecer o benefício ao trabalhador antes do mês trabalhado.

Essas mudanças devem tornar o setor mais competitivo. Empresas como Caju e Swile já atuam com benefícios flexíveis, e até mesmo as gigantes do setor estão se adaptando a esse novo cenário. A Alelo, por exemplo, deve lançar em junho um novo cartão de benefícios flexíveis chamado Alelo Pod.

Fonte: Neofeed

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