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Generali prefere apostar em seguros massificados

A empresa deixa o ramo de seguros residênciais e automóveis

A Generali decidiu sair dos ramos de seguro de automóveis e residencial no país. A companhia vai aceitar novos contratos e renovações nas duas modalidade até o dia 31 de maio, afirmou ao Valor o CEO da filial brasileira do grupo italiano, Andrea Crisanaz

Depois disso, “vamos administrar a carteira de apólices que estão conosco até a extinção de todos os contratos em 2021”. Segundo o executivo-chefe, a mudança já havia sido definida desde o fim do ano passado, antes da pandemia. “Mesmo com a crise, achamos que não tínhamos de adiar a mudança por conta da pandemia.”

O grupo decidiu sair dos ramos auto e residencial, segundo o CEO, por conta da estratégia de diversificação e parcerias estabelecida há alguns anos. “Em 2017, abrimos a divisão de negócios de massificados, deslanchamos parcerias com BMG, Agibank e Pine, além de redes de varejo e outras empresas. Com o avanço da nova estratégia, nossa carteira de seguro auto assumiu características de nicho. E a residencial ainda é muito pequena.”

A ideia da seguradora é “focar daqui para a frente nos negócios de massificados, de vida em grupo, onde temos uma divisão de clientes multinacionais, e de grandes riscos para empresas de maior porte”. De acordo com Crisanaz, nas áreas de veículos e residências, o grupo via pouco potencial de crescimento no país.

A Generali Brasil, porém, não vai sair totalmente do mercado auto. A companhia vai manter a parceria com a insurtech Thinkseg na oferta de produtos “pay per use”, ou “pague o quanto usar”, em tradução livre, afirma o CEO da empresa. “É um produto muito inovador e tem espaço em todos os canais de distribuição”, pondera. “No momento atual, o pay per use acaba se revelando atrativo e com grande potencial de crescimento.”

A aposta nos massificados, ou seja, de produtos simples e baratos distribuídos por redes de grande capilaridade, como lojas de varejo, companhias de telecomunicações e bancos, vem em um momento no qual o segmento sente diretamente o impacto da crise da pandemia. Com a paralisação de vários setores da economia, as vendas dessas coberturas sentiram forte baque.

“A gente tem parceiras com varejistas que tiveram várias lojas fechadas. No curto prazo vai ter redução de vendas, mas as parcerias que temos felizmente são todas de longo prazo.” Segundo Crisanaz, apenas em uma das redes as vendas de seguros tiveram queda de 75% com a crise. “Mas quando as lojas forem reabertas as vendas serão retomadas”, considera.

Além de estender a cobertura às vítimas do coronavírus em todas as apólices de vida, a Generali vai lançar no fim de maio um novo produto especialmente desenhado para ajudar as pessoas a enfrentar a crise de saúde.

O CEO da seguradora explica que o produto se destina cobertura de internação para quem adoecer. “Nesse momento de pandemia, pensamos em lançar um seguro para empresas com mais de 250 funcionários, que prevê cobertura de diária hospitalar para esta pandemia”, afirma.

O produto, de acordo com o executivo, “vai estar vigente nos próximos seis meses e estará disponível a qualquer empresa” com mais de 250 profissionais. Também não haverá carência para uso, ou seja, se a pessoa adoecer logo após a contratação já poderá se beneficiar da proteção.

A cobertura só não será válida para quem já está no hospital. O seguro prevê cobertura diária de internação e convalescença após alta hospitalar. “Achamos que vai apoiar empresas e pessoas num momento difícil”, diz o CEO.

Em relação ao impacto da covid-19 sobre o setor, Crisanaz acredita que “o mercado vai sofrer no curto prazo, mas depois vai retomar. A redução de tamanho e faturamento das empresas pode atingir o seguro de vida em grupo. Mas o crescimento de um ramo pode compensar a queda de outro”.

Fonte: https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/05/13/generali-desiste-de-seguros-auto-e-residencial.ghtml

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