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Gol tem dívida prestes a vencer enquanto flerta com recuperação judicial

Companhia aérea terá que pagar R$ 60 milhões até 31 de janeiro referentes ao juros do bond para 2025

À medida que busca angariar recursos para evitar uma possível solicitação de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Gol enfrenta o desafio iminente de quitar uma dívida prestes a vencer nos próximos dias. A companhia aérea tem até 31 de janeiro para honrar o pagamento de US$ 12 milhões (ou R$ 60 milhões) referente ao cupom de juros de um título para 2025, conforme informações da Lucror Analytics, uma empresa especializada em pesquisa de crédito. Caso não efetue o pagamento até essa data, a empresa terá um prazo adicional de 30 dias para evitar o inadimplemento e o vencimento antecipado, acrescentando pressão às negociações em curso.

O referido cupom faz parte de um título de US$ 650 milhões emitido pela Gol para 2025, com uma taxa de 7% ao ano e pagamentos semestrais de juros. Do montante total, aproximadamente US$ 342 milhões estão atualmente no mercado. Um analista que cobre a dívida da companhia observou: “Se a Gol não liquidar essa obrigação, poderá enfrentar maiores desafios para obter recursos adicionais junto a esses investidores”.

Paralelamente, a Gol está em negociações com stakeholders, incluindo credores e acionistas, visando captar entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, na tentativa de evitar a apresentação de um pedido de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial) nos Estados Unidos, conforme apurado pelo Pipeline.

A dívida total da companhia aérea atinge R$ 20,3 bilhões, sendo R$ 3 bilhões com vencimento a curto prazo. A Fitch Ratings estima que a empresa possuía um caixa de R$ 905 milhões no final de setembro. Além disso, a Gol informou ter aproximadamente R$ 1 bilhão em contas a receber e R$ 2,7 bilhões em depósitos.

Para alguns detentores de títulos, a opção de solicitar o Chapter 11 representaria uma via para a Gol obter um processo de recuperação judicial mais ágil do que no Brasil, proporcionando maior proteção em relação à retomada das aeronaves. Segundo um bondholder, a empresa não enfrentaria dificuldades para negociar um empréstimo na modalidade DIP (debtor-in-possession) com detentores de títulos acostumados a investir em ativos em situação de estresse, como ocorreu com a Latam e a Avianca.

Fonte: Pipeline Valor

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