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Guerra na Ucrânia provoca revisões em taxa de juros e inflação no Brasil

A guerra na Ucrânia e as consequências provocadas pelas sanções impostas à Rússia têm levado economistas e instituições financeiras a revisar as projeções de taxas de juros e de expectativa de inflação, elevando assim a conta para os consumidores.

A Necton Investimentos elevou a projeção de Selic de 12,25% para 13,25% ao final deste ano. Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central já havia elevado a taxa básica de 9,25% para 10,75%.

Para a Necton, a autoridade monetária irá parcelar as próximas altas em 1,25 ponto na reunião de março, que ocorre nos dias 15 e 16. Depois deverá aumentar 0,75 ponto percentual em maio e outro 0,5 ponto em junho, encerrando o ciclo de alta com uma taxa terminal de 13,25%. A corretora também elevou sua projeção para o IPCA de 5,8% para 6% em 2022.

“Está evidente que a inflação vai continuar sendo um problema persistente e se antes projetávamos que o acumulado em 12 meses iria começar a ceder por volta de fevereiro ou março, agora esperamos que vá apenas começar a recuar por volta de maio ou junho”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.

O banco Bradesco também subiu as expectativas para inflação e prevê que o IPCA em 2022 encerre o período em 6% e, em 2023, em 3,5%. De acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 8, “ainda é difícil prever o desfecho da guerra na Ucrânia e esse desfecho pode alterar de maneira significativa os números do cenário. De toda forma, os efeitos econômicos globais devem ser mais inflação e menos crescimento. Por ora, supondo que não haja escalada do conflito, elevamos as projeções para o IPCA em 2022 (6,0%) e 2023 (3,5%) e mantivemos inalteradas as projeções para o PIB (+0,5%).”

Na análise do Bradesco, o Banco Central irá levar a Selic para 12,75% e postergar o início do corte de juros. “O país vive um clássico choque de oferta em que a política monetária possui baixa eficácia para controlar os preços, por isso, entendemos que o Banco Central optará por uma postura cautelosa, atenta à inflação, mas sem exagerar na dosagem de política monetária.”

Sergio Vale, economista chefe da MB Associados, lembra que as consequências de curto prazo estão relacionadas ao choque de commodities em uma economia já muito inflacionada. A consultoria também revisou IPCA (de 5,8% para 6%) e Selic (de 12,25% para 13%) com os avanços da guerra.

“Inflação e juros significam menos renda e crédito e reforça a estagnação da economia este ano, com riscos de queda de PIB”, escreveu em relatório.

Fonte: Exame

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