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Inteligência artificial para diagnóstico precoce de doenças atrai GK Ventures

Neuralmed acaba de fechar rodada para dar escala a produto que ajuda a identificar diabetes e câncer de mama em fase inicial

A regional da NotreDame Intermédica em Jundiaí iniciou testes com a inteligência artificial da Neuralmed, uma startup que facilita diagnóstico precoce de doenças, partindo de uma base de 3 mil diabéticos identificados pela equipe médica num contingente de 110 mil vidas. Com o uso da tecnologia, a Intermédica descobriu que poderia, na verdade, ter mais 4 mil potenciais diabéticos, o que virou um trunfo para evitar o desenvolvimento da doença — ótimo para os pacientes, que podem ser tratados ainda na fase inicial, e também para os planos de saúde, com redução de custos em tratamentos mais longos e muitas vezes menos eficientes.

A iniciativa começou como um projeto piloto viabilizado pelo investimento da Intermédica na Neuralmed — o grupo de saúde liderou uma rodada de R$ 10 milhões na healthtech, ficando com 9,3% do capital —, mas vem ganhando escala e a tecnologia está perto de chegar a 5 milhões de vidas.

O desempenho da inteligência artificial desenvolvida nos últimos anos pela Neuralmed acaba de atrair a GK Ventures. A firma de investimentos de impacto de Eduardo Mufarej está liderando a rodada série A da startup, que não teve o montante revelado. Com o aporte, a GK se juntou a um grupo de investidores que já incluía também Alexia Ventures, Norte Ventures, MG Tech e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Normalmente, usamos o nosso plano de saúde igual a uma funilaria, para consertos. Mas queremos trazer para o sistema da auto escola. Vamos dirigir melhor para evitar os acidentes, que na saúde significa cuidar da prevenção e não só tratar a doença quando ela aparece”, compara Anthony Eigier, CEO e cofundador da NeuralMed

Além do diabetes, os módulos de monitoramento do Atlas — o carro-chefe da startup — já ajudam redes de hospitais e operadoras de planos de saúde verticalizados (laboratórios como Fleury e Alliar também são clientes) no diagnóstico de hipertensão, câncer de mama e cardiopatias. Em breve, o NeuralMed deve lançar um módulo para doenças renais crônicas.

“A ideia é diminuir os quadros craves”, diz Eigier, frisando que a startup não é responsável por fazer o diagnóstico, mas sim ajudar os médicos ao compilar milhares de dados que estavam desestruturados, indicando os pacientes que possuem maior risco potencial.

Para fazer isso, a NeuralMed treina sua inteligência artificial desde 2018, um sistema que é capaz de ler desde textos do prontuário médico eletrônico até exames de imagem. A startup consegue facilitar o trabalho humano, acessando milhares de informações que já estão no sistema e seriam impossíveis de serem compiladas manualmente pelos médicos.

“Na mamografia, há uma informação que se chama BI-RADS. Se a mulher está no nível 4, existe a possibilidade de desenvolver câncer de mama. A inteligência artificial avisa que é preciso fazer os exames com frequência”, exemplifica Raphael Falcioni, sócio da GK Ventures responsável pelo investimento.

O Atlas já é a linha de negócio mais importante da companhia, mas não foi por onde a startup começou. Fundada por Eigier ao lado do médico André Coutinho, a startup estreou no mercado oferecendo uma inteligência artificial que é usada por prontos socorros de hospitais para facilitar na triagens, indicando pacientes que precisam de cuidados mais urgentes.

A vertical de pronto socorro atende também ao SUS. Organizações sociais de saúde (mais conhecidas pela sigla OSS) como Seconci-SP e SPDM, que gerem hospitais em São Paulo, são clientes da NeuralMed. “Os clientes mais antigos viram uma economia de 11% no tempo total de atendimento no pronto socorro”, disse Eigler. O produto para PS está no mercado desde 2019.

Juntas, essas duas linhas de negócios da NeuralMed devem chegar a 150 hospitais até o fim do ano. Só com o Atlas, a startup já ajuda a monitorar cinco milhões de vidas, mas a ideia é triplicar o alcance ao longo do ano que vem, chegando a 15 milhões.

Para isso, a startup deve usar os recursos da rodada para contratações, o que pode até dobrar o tamanho do time em um ano e meio, segundo Falcioni. Hoje, são 25 pessoas. A projeção é gerar caixa em 2023.

Fonte: Pipeline Valor

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