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M&As no Youtube: One Big Media chega aos EUA e mira meio bilhão

Quando Leo Soltz assumiu o comando da One Big Media, uma mediatech controlada pela mineira eMotion Studios, sua missão era demonstrar a viabilidade econômica para um modelo de negócios intensivo em capital no Brasil.

Com a proposta de comprar canais no Youtube — com fatias minoritárias de controle —, numa estratégia que levantou dinheiro com investidores como a CaptAll Ventures e separou mais de R$ 30 milhões para aquisições, a One Big Media já reuniu 108 canais, numa rede que soma 70 milhões de inscritos e 400 milhões de visualizações por mês.

Em dois anos de atuação, a startup confia que o modelo está provado no Brasil. Soltz não abre o faturamento, mas diz que a One Big Media fechou o último ano com margens acima de 30%, um número que ainda está aquém do potencial, diz Soltz.

De olho numa rodada de R$ 100 milhões que viabilizaria a compra de um canal que dobrará o tamanho da companhia, a startup projeta um faturamento de R$ 485 milhões em 2026, com lucro de R$ 190 milhões — o que implica uma margem líquida de 40%.

As premissas para a estratégia de cinco anos da One Big Media não incluem a mais nova aposta da startup. A mediatech acaba de chegar aos Estados Unidos, adquirindo os primeiros canais de Youtube. A incursão ainda está em fase piloto, mas pode destravar uma avenida com a entrada no maior mercado para a economia dos criadores. Globalmente, a creators economy movimentou US$ 1,3 bilhão em 2021, segundo a CB Insights.

“A formula para os EUA é muito parecida, mas os números são muito melhores”, disse o CEO da One Big Media. Num mercado mais maduro e rentável como o americano, os criadores de conteúdo costumam receber mais do Youtube. “Os valores aplicados pra os anúncios de canais são agressivos lá”, complementa. Tipicamente, o criador de conteúdo fica com 55% da receita com ads.

Para tocar a operação nos EUA, o sócio e chefe de estratégia da One Big Media, Fred Valente, se mudou para Orlando no ano passado. Lá, constituiu uma companhia limitada que já conta com os dois primeiros canais de Youtube da mediatech no mercado americano: Next of Ken, que produz vídeos sobre entretenimento em geral que conta com 350 mil seguidores, e o All About, um canal americano de celebridades ainda pequeno mas inspirado no sucesso do brasileiro Sabe Tudo (946 mil inscritos), que pertence à One Big Media.

No modelo da One Big Media, que também atua com canais na rede social chinesa Kwai, criadores promissores são prospectados por um funil de aquisições. Nos últimos tempos, a startup também começou a receber abordagens de criadores interessados em se associar à mediatech.

Quando um criador se junta à One Big Media, via compra parcial ou majoritária, as ferramentas de análise de dados e estratégia de crescimento ajudam a turbinar a audiência dos canais entre 10% e 15% ao mês, o que no fim do dia se traduz em mais recursos de publicidade.

No Brasil, a startup já conta com canais de esportes, entretenimento, religião, música e cidadania. Entre os 180 canais da One Big Media no Youtube, o mais popular é o 3Palavrinhas. De viés religioso e destinado ao público infantil, o canal possui 6,7 milhões de inscritos.

Fonte: Pipeline Valor

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