spot_img

Na Access Run, catraca liberada

Quando o administrador Donato Cardoso liderava a Hoje Tecnologia, companhia goiana que faz a gestão de controle de acesso para condomínios e empresas, saía perplexo com as oportunidades de negócios que perdia. Num negócio que demandava de equipamentos caros, não era raro que o cliente só aceitasse a participação na licitação privada com o pagamento de propina.

A corrupção, que incluía condomínios de alto luxo de Goiás, provocou uma reviravolta na rotina de Cardoso. Fundada em 2005, a Hoje Tecnologia decidiu investir em uma solução low-cost que retirasse os incentivos aos pedidos heterodoxos.

Ali, surgia o embrião da Access Run, startup que desenvolveu software e hardware de controle de acesso e que já chamou a atenção da Porto Seguro, passando a fazer parte neste ano da Oxigênio Aceleradora, a aceleradora da seguradora.

“A solução de equipamentos tradicionais de controle de acesso era muito cara e a corrupção em condomínios era algo muito acentuado. Criamos uma solução de baixo custo para que isso não fosse atrativo”, lembra Cardoso.

Fundada em 2017, a Access Run é um spin-off da Hoje Tecnologia, acionista majoritária da startup. Com uma solução IoT e um aplicativo, os usuários podem passar pelas catracas de um prédio corporativo ou condomínios (também há clientes na área logística, além de shoppings) sem burocracia. Basta estar com o bluetooth ligado que a cadastra se abre. A startup também oferece soluções para a entrada com biometria.

Com a tecnologia da Access Run, os custos para as empresas caem drasticamente, diz Donato. “Prédios que precisavam de 10 atendentes na portaria agora só contam com dois”, conta. A solução da startup custa, em média, R$ 900, diante do custo médio de R$ 3,8 mil para manutenção de funcionário de portaria, compara.

Na capital paulista, a tecnologia está presente em prédios da São Carlos — companhia imobiliária da LTS, veículo de investimentos de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — e também atende clientes como Adidas, Vale, Verzani e Sandrini, Souza Lima e Grupo GPS. No app, há 300 mil usuários ativos de 19 nacionalidades. Em sete dias, a startup registra quase 33 milhões de acessos.

A expectativa de Cardoso, que é o CEO, é fechar o ano com um faturamento de R$ 4 milhões. Em cinco anos, projeta R$ 54 milhões em faturamento, fazendo o controle de acesso de 10 mil prédios, mil academias, 800 co-workings e 300 shoppings. Atualmente, há quase 1,7 mil pontos conectados.

Para trazer o negócio até o atual estágio, a Access Run contou com aportes dos dos sócios (além de Cardoso, os cofundadores Tiago Lucas (CTO) e Thiago Sant’Anna (COO), que também são acionistas da Hoje Tecnologia) e de um grupo de antigos clientes goianos da Hoje que decidiram dar capital semente à startup há alguns anos, quando comparam 30% do negócio. Nos planos, está uma captação de R$ 5 milhões por 10% do negócio, o que avaliaria a startup em R$ 50 milhões, que ajudaria o negócio a expandir para os mercados americano e europeu.

Fonte: Pipeline Valor

Você é empresário?

Descubra agora gratuitamente quantos concorrentes o seu negócio tem

Logo Data Biz News
Grátis

Descubra agora quantos concorrentes a sua empresa tem

data biznews logo Data Biznews segue as diretrizes da LGPD e garante total proteção sobre os dados utilizados em nossa plataforma.

Últimas notícias

O que falta para a taxa de juros do BC cair mais rápido

Inflação para 2025 está na meta, na conta do...

Na Saque e Pague, R$ 200 milhões para virar “banco” e “loja”

Muitos especialistas previam o declínio dos caixas eletrônicos, equiparando-os...

Veja outras matérias

Logo Biznews brasil
Consultoria Especializada

Compra e Venda de Empresas

Clique e saiba mais

Valuation

Clique e saiba mais

Recuperação de Tributos

Clique e saiba mais