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Na Nextron, usinas solares para esquentar o retorno do investidor

Plugado à startup de energia solar por assinatura, projetos miram retorno superior a 20% ao ano

Depois de lançar uma plataforma para distribuir créditos de energia solar por assinatura no varejo, a startup Nextron quer esquentar a carteira dos investidores com uma classe de ativos que promete até o dobro de rentabilidade das fazendas solares que comercializam a energia com grandes companhias – são aquelas que compartilham a energia com o consumidor individual.

Menos de dois meses após levantar US$ 2,3 milhões em uma rodada que contou com a participação das gestoras Valor Capital e Barn, a companhia acaba de lançar o Nextron Connect, plataforma dedicada aos geradores de energia e investidores interessados em energias renováveis.

Pela plataforma, os interessados podem simular a rentabilidade dos investimentos em novas fazendas solares que se pluguem ao ecossistema da Nextron, fornecendo a energia para os clientes da startup no varejos (usualmente, consumidores residenciais que contrataram o serviço por assinatura para conseguir um desconto de 10% a 20% na tarifa de energia elétrica).

“Sem uma plataforma como a nossa, o investidor vai demorar para preencher a capacidade da usina na geração distribuída no varejo”, diz Ivo O. Pitanguy, que fundou a Nextron ao lado de Roberto G. Hashioka. Para os geradores que já fornecem a energia para a startup, uma porção de dados em tempo real está disponível, incluído dados de inadimplência e pagamento. “Conseguimos reduzir o risco de churn com análise de dados inteligência artificial”, afirmou o fundador.

No momento, a startup mantém conversas com fundos de São Paulo e Rio que possuem mandato para investir em energias renováveis. Para a Nextron, a atração das usinas solares é crucial. Operando como um marketplace de energia solar que conecta geradores a consumidores, a startup precisa das duas pontas para fazer o negócio acontecer. Para os consumidores, a vantagem fica óbvia com o desconto na conta de energia elétrica, além do apelo sustentável da fonte solar.

Com os potenciais geradores, a Nextron quer convencer pelo bolso. Um investimento de R$ 25 milhões em uma usina solar na região de atendimento da Enel-SP, por exemplo, renderia 18,3% ao ano se plugado ao ecossistema da startup, com um faturamento anual de R$ 6,9 milhões e um payback em 6,6 anos.

Em outras regiões, a rentabilidade pode ser ainda melhor. Na área da Energisa-MT, o mesmo investimento se pagaria em 5,1 anos, com um retorno anualizado de 24,5% e faturamento anual de R$ 9,7 milhões. “É o dobro de rentabilidade do mercado livre”, diz Pitanguy.

Na prática, a Nextron está competindo por uma oferta de energia solar que poderia ser comercializada no mercado livre de energia, onde os preços são bem mais baixos que no varejo, ou em contratos de longo prazo (PPA, no jargão do setor) para ajudar a limpar a matriz energética de grandes companhias. Nesses casos, o comprador detém poder relevante sobre a precificação da energia.

Pitanguy aposta que há muito espaço para crescer, popularizando a geração distribuída. Atualmente, o mercado cativo de baixa-tensão, alvo da Nextron, conta com 8,2% dos consumidores atendidos por geração distribuída. Ainda há 91,8% (190.556 GWh/ano) a disposição, um mercado de R$ 127 bilhões por ano.

Fonte: Pipeline Valor

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