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Itaú vê sinais de ‘leve crescimento’ em maio, após fundo do poço em abril

Após atingir o piso em abril, indicadores antecedentes mostram leve recuperação da atividade econômica em maio, tendência que deve continuar em junho. A avaliação é do Itaú Unibanco, que manteve as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em revisão de cenário divulgada hoje. O banco espera retração de 4,5% da economia brasileira em 2020, seguida de expansão de 3,5% em 2021.

“Os principais riscos negativos para esse cenário advêm da evolução e propagação do vírus, que podem inviabilizar uma reabertura gradual e ordenada das atividades econômicas ao longo de junho e do terceiro trimestre”, afirma a equipe econômica do Itaú na revisão. “Mesmo com a retomada da economia no segundo semestre deste ano e no ano que vem, o PIB no final de 2021 ainda estará abaixo do nível pré-vírus”, destaca a instituição.

Após a queda de 1,5% do PIB no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, o Itaú espera redução de 10,6% para o segundo trimestre. Segundo o banco, o tombo será influenciado pelas medidas de distanciamento social, implementadas para conter o avanço da pandemia de covid-19 no país.

Dados preliminares apontam que o nível de atividade teve seu pior momento em abril, ao passo que, no mês seguinte, o indicador diário de atividade do Itaú e uma série de outros números mostram “leve crescimento” em maio ante o mês anterior, diz o banco. Os economistas mencionam o consumo de energia elétrica industrial, a utilização de capacidade da indústria de transformação e construção e a retomada de produção de algumas montadoras de veículos.

“A reabertura gradual das atividades econômicas ao longo de junho deve fazer com que a recuperação continue neste mês, levando a um carrego estatístico positivo para o PIB do terceiro trimestre, para o qual esperamos crescimento de 8,5%”, estima o departamento econômico do banco.

Um outro risco à retomada seria uma piora mais acentuada dos indicadores fiscais, alerta o Itaú, que projeta déficit primário de R$ 735 bilhões, ou 10,2% do PIB, para o setor público consolidado este ano. Já a dívida bruta deve alcançar 92% do produto em 2020, vindo de 76% em 2019. Para o próximo ano, o banco estima déficit primário de 2,2% do PIB (R$ 175 bilhões) e dívida/PIB de 88%.

“No caso de piora fiscal adicional, a retomada da economia ficaria ainda mais prejudicada, e a manutenção da taxa de juros próxima às mínimas históricas pode ser inviabilizada”, diz o banco, que manteve as estimativas para a taxa Selic ao fim do ano em 2,25% para 2020 e 3% para 2021.

O Itaú cortou em 0,2 ponto percentual as projeções para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos dois anos. Agora, a previsão para 2020 está em 1,8%, e a d0 2021, em 2,8%. “O cenário para a inflação segue benigno, e a inflação baixa deste ano deve se propagar adiante”, avaliam os economistas do banco.

Fonte: Valor

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