Investidores estão muito incertos com os rumos da Bolsa brasileira nesta reta final de 2021, há quem diga que o tradicional rali de fim de ano possa não ocorrer, acentuando ainda mais a descorrelação do Ibovespa (IBOV) com os principais mercados globais. E o que se pode esperar do Brasil em 2022?
O cenário pessimista considerado pelo Instituição Fiscal Independente (IFI) prevê, em caso de racionamento de energia motivado pela crise hídrica, que o crescimento do PIB em 2022 será de apenas 0,1%.
De acordo com o órgão independente vinculado ao Senado em relatório, a pressão causada pela inflação sobre a política monetária pode elevar a taxa de câmbio, com o dólar alcançando R$ 5,92 no ano que vem.
A moeda norte-americana era negociada a R$ 5,55 nesta quarta-feira (20).
Um dos principais fatores que tem afastado investidores do país é o aumento da percepção de furo do teto de gastos e de deterioração do quadro fiscal, com o Auxílio Brasil proposto pelo Planalto extrapolando as contas públicas.
Segundo fontes, o novo programa manterá seu orçamento de R$ 34,7 bilhões previsto para o ano que vem. Porém, o auxílio será vitaminado por R$ 50 bilhões: parte será pago dentro do teto de gastos e parte fora. Por ter duração delimitada, esse gasto não precisa, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de compensação.
O IFI considera que no cenário base que o risco de descumprimento do teto de gastos se torna alto em 2026, antecipando em um ano a projeção feita na revisão de cenários do mês de junho.
Fonte: Money Times
