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O avanço do Ibovespa se apoia nas perspectivas positivas para a economia brasileira

Apesar de queda em ações de bancos, investidor mostra confiança na economia

Mesmo com a queda das ações no setor bancário e a liquidez reduzida por causa do feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa encontrou espaço para fechar em leve alta – suficiente para anotar um novo recorde, agora, mais perto dos 119 mil pontos.

Sem a referência das bolsas americanas, que estavam fechadas ontem, os investidores seguiram calibrando suas carteiras de olho, essencialmente, na retomada econômica do país.

O avanço do principal índice da bolsa, entretanto, veio acompanhado de cautela, o que fica claro na busca por proteção do dólar, que voltou a tocar a marca de R$ 4,19.

Depois de oscilar sem convicção durante boa parte do dia, o Ibovespa firmou os ganhos na reta final do pregão e encerrou em alta de 0,32%, aos 118.862 pontos. Esse nível marca um novo recorde intradiário e também de fechamento. O giro financeiro, conforme esperado, foi reduzido e somou R$ 11 bilhões, aquém da média diária de R$ 12,3 bilhões visto em 2019.

Já o mercado de câmbio foi afetado por um movimento de dólar forte pelo mundo, além de uma certa demanda por segurança, o que levou a uma nova alta da cotação por aqui. O dólar comercial subiu 0,56%, aos R$ 4,1886, depois de tocar R$ 4,1916 na máxima do dia.

Para analistas, o avanço do Ibovespa se apoia nas perspectivas positivas para a economia brasileira, com reflexo direto nas ações mais ligadas ao ciclo doméstico. Além disso, os indicadores de atividade referentes a novembro, que frustraram os analistas nas últimas semanas, representariam apenas tropeços pontuais.

Ontem, o principal destaque positivo foram as ações das varejistas: B2W ON (6,20%), Lojas Americanas PN (2,40%), Magazine Luiza ON (3,04%) e Via Varejo ON (2,04%). Esta última foi o terceiro papel mais movimentado de todo o mercado à vista, somando um fluxo de R$ 727,8 milhões, acima dos R$ 526,5 milhões vistos no pregão de sexta-feira.

Dentre os motivos da confiança no mercado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou as estimativas e melhorou as projeções de crescimento para o Brasil. De acordo com números divulgados ontem no Fórum Econômico de Davos, o FMI estima que a economia brasileira cresceu 1,2% em 2019 e registrará expansão de 2,2% em 2020 – revisão de 0,2 ponto percentual sobre o cenário informado em outubro.

Já o Santander informou que o Brasil é a principal aposta dos gestores na América Latina em 2020. Em relatório divulgado ontem, o banco espanhol traz comentários sobre a visão dos investidores para o mercado de ações na América Latina neste ano, após promover sua 24ª Conferência Anual da América Latina em Cancun, no México. Entre os destaque estão a expectativa de aumento de preço entre 5% e 15% para os ativos e o Brasil como o preferido pelos agentes.

Em uma pesquisa com 241 representantes de 113 empresas, o banco indica que 57% dos investidores acreditam que o Brasil terá maior rentabilidade que outros países da América Latina em 2020. Na sequência parece o México, com 22% dos votos. O resultado está em linha com a alocação estratégica do Santander para a região, que tem o mercado brasileiro como seu preferido.

Além disso, segundo o Santander, a maioria dos investidores esperam um aumento de 76% nos aportes estrangeiros feitos na região, superando a marca de US$ 1,6 bilhão vista em 2019.

“Fundos dedicados a emergentes já estão relativamente bem alocados em América Latina em relação ao benchmark (MSCI Emerging Markets), mas ainda pode vir recursos de fundos globais”, afirma Daniel Gewehr, estrategista-chefe para América Latina do Santander.

É esperado, inclusive, que a tendência de depreciação do real se reverta ao menos parcialmente ao longo do ano, com sinais mais concretos de retomada econômica e alguma normalização do fluxo cambial, que registrou recorde negativo em 2019. Entre os entrevistados do Santander, 29% acreditam que a moeda local terá desempenho superior a seus pares – o maior percentual entre as divisas da região e à frente do peso mexicano (25%), a moeda de melhor desempenho na região em 2019.

Porém, no pregão de ontem, o recuo nos papéis do setor bancário pressionaram o Ibovespa após o Bank of America (BofA) rebaixar e cortar o preço-alvo das ações do Bradesco e do Itaú, além de fazer algumas observações sobre o Santander. Assim, no fim da sessão regular, tiveram baixa Bradesco (-1,55% a ON e -1,95% a PN), Itaú PN (-2,03%) e as units do Santander (-0,48%).

Fonte: https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/21/ibovespa-se-aproxima-de-119-mil-pontos.ghtml

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