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O inferno astral da Boeing: Aviões 777 são proibidos de voar após falha em motor

A fabricante de aviões Boeing orientou as companhias aéreas a pararem de voar com a aeronave Boeing 777 equipada com um tipo de motor que quebrou durante um voo nos Estados Unidos neste fim de semana. A FAA, Anac dos Estados Unidos, disse que pediria inspeções imediatas nesses aviões, segundo informações do Wall Street Journal.

Um voo da United Airlines apresentou problemas no sábado pouco depois de o avião decolar com destino a Honolulu, forçando-o a retornar ao aeroporto internacional de Denver. Investigadores nos Estados Unidos estão tentando determinar por que o motor, fabricado pela companhia Pratt & Whitney, falhou.

A United Airlines, única companhia norte-americana que usa as aeronaves com esse motor, disse que tirou 24 aviões de circulação. Autoridades no Japão também ordenaram que as companhias aéreas locais parassem de voar com aviões que tenham esse motor. No total, a Boeing recomendou que 128 aeronaves 777 deixassem de voar.

Segundo o Wall Street Journal, investigações preliminares mostraram que duas pás do ventilador de um dos motores da aeronave estavam quebradas. Esse tipo de falha pode danificar gravemente os aviões, porque as peças quebradas podem atingir as asas, tanques de combustível e a fuselagem da aeronave.

Acidentes com o 737 Max

A determinação envolvendo os aviões da Boeing vem apenas um mês após um acidente envolvendo um Boeing 737 Max na Indonésia, que matou todas as 62 pessoas abordo. Após o aciente, a fabricante emitiu um boletim de segurança lembrando os pilotos das medidas necessárias para garantir que eles mantenham o controle de suas aeronaves.

O modelo 737 Max, o mais vendido da Boeing, havia ficado 20 meses sem circular, após dois acidentes fatais em 2018 e 2019, que juntos mataram 346 pessoas.

O primeiro voo do 737 MAX após o fim das restrições foi feito pela American Airlines e levou 45 minutos de Dallas, Texas, para Tulsa, Oklahoma. Ocorreu semanas antes do primeiro voo comercial de passageiros, em 29 de dezembro.

No Brasil, o voo foi feito pela Gol no dia 7 de dezembro. EXAME embarcou no voo, que decolou as 11h do aeroporto de Congonhas e pousou em Confins, Minas Gerais, sem imprevistos, às 12h15.

Em janeiro, a Boeing concordou em pagar 2,5 bilhões de dólares para encerrar o processo em que era acusada de fraudar o governo dos Estados Unidos na época do lançamento do 737 MAX. O julgamento apontava que a companhia teria ocultado informações sobre a aeronave, envolvida em dois acidentes fatais.

Prejuízo bilionário

A fabricante divulgou em janeiro prejuízo anual recorde de quase 12 bilhões de dólares. A crise do coronavírus exacerbou a queda na demanda pelas maiores aeronaves da indústria, com companhias aéreas evitando receber os aviões encomendados devido a restrições de viagens internacionais, prejudicando o fluxo de caixa da companhia.

O prejuízo veio no contexto de um novo adiamento de seu jato 777X, o que resultou em um efeito negativo de 6,5 bilhões de dólares no resultado. A Boeing disse que espera que o 777X, uma versão maior do 777 mini-jumbo, comece a operar no final de 2023, atrasando o lançamento do jato pela terceira vez. A empresa estava desenvolvendo o jato com a meta de lançá-lo em 2022, já dois anos depois do planejado inicialmente.

Uma queda histórica na quantidade de viagens aéreas também prejudicou os envios dos 787 Dreamliners da Boeing para as companhias aéreas, fazendo com que a empresa acumulasse dezenas de aeronaves, pesando ainda mais sobre a Boeing, que já tem um estoque armazenado de cerca de 450 jatos 737 MAX.

Fonte: Exame

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