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PIB crescerá 4,2%, mas crise hídrica e pandemia podem atrapalhar, diz IFI

O desempenho mais robusto da economia brasileira no primeiro trimestre de 2021, aliado ao aumento do preço das commodities e impacto da inflação, fez com que a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, elevasse a projeção do PIB para 4,2% . Inicialmente, a estimativa era de que a economia brasileira cresceria 3%.

Apesar do aumento na projeção, a IFI ainda faz a ressalva de que a incerteza segue elevada, e há riscos que podem limitar o crescimento da economia . A pandemia da Covid-19 e o o risco energético, causado pela crise hídrica, são apontados como fatores que podem impactar no aumento do PIB. As informações estão no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de junho, divulgado nesta quarta-feira (16).

As projeções de crescimento da economia brasileira vêm aumentando nas últimas semanas. O boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta semana mostra que a expectativa do mercado é de que o PIB brasileiro avance 4,85% este ano , e há instituições que apontam para 5%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,45%.

Está é a terceira revisão feita pela IFI a respeito do crescimento da economia, que foi influenciada pelo resultado do PIB do primeiro trimestre. O avanço de 1,2% da atividade econômica nos primeiros três meses de 2021, ante 0,3% da estimativa da IFI para o período, apontam maior crescimento econômico no ano. “Desta vez, os fatores condicionantes mais importantes são o aumento dos preços de commodities e o impacto da inflação sobre o cálculo do PIB nominal”, aponta o relatório.

No caso das commodities, a IFI lembra que, historicamente, quando seus preços aumentam, o Brasil ganha vantagem comparativa, em razão do balanço entre exportações e importações. “Isso favorece o crescimento do PIB, em razão da elevada participação de produtos primários na pauta exportadora nacional, além do efeito multiplicador sobre outras cadeias de produção”, explica o documento.

Risco da crise hídrica e Covid

Apesar da projeção positiva, a IFI alerta para riscos ao crescimento. “Do lado negativo, a evolução da Covid-19 e o baixo ritmo de imunização da população, de um lado, e o risco energético, de outro, podem dificultar o desempenho econômico no resto do ano”, diz o texto.

Caso o avanço de 4,2% do PIB neste ano se confirme, o resultado da economia no biênio 2020-2021 ficaria praticamente estacionado, uma vez que no ano passado a retração da atividade econômica foi de 4,1%.

“Se o crescimento ficar mais alto, em 5%, como indicam algumas projeções de instituições do mercado, a alta acumulada seria de 0,7% no biênio. A média anual, neste caso, seria de 0,3%, bem abaixo do crescimento médio anual de 2017 a 2019 (1,5%) – período entre as recessões do biênio 2015-2016 e a mais recente, derivada da crise sanitária. Essas contas mostram como o desafio de expandir o crescimento econômico ainda não foi superado”, argumenta a IFI.

Em mais uma ação para evitar um racionamento de energia elétrica no segundo semestre deste ano, o governo prepara uma medida provisória (MP) que tira poderes da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ibama na gestão dos reservatórios de usinas hidrelétricas, num momento em que os níveis das principais barragens do sistema estão em mínimos históricos.

Melhora nas contas públicas

O melhor desempenho da economia brasileira também se reflete nas projeções para as contas públicas da IFI, que estimou um aumento de R$ 280 bilhões no PIB nominal. Uma das razões é o aumento das receitas, ou seja, maior arrecadação.

Com isso, o resultado das contas públicas deve ser melhor. O déficit primário projetado para 2021 diminuiu de R$ 266,6 bilhões para R$ 197 bilhões. A perspectiva da IFI é de que o país volte a ficar no azul a partir de 2025 – antes, o superávit voltaria apenas em 2030.

Fonte: IG

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