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Pix já representa 30% das operações de pagamento no Brasil, aponta Febraban

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos capitaneado pelo Banco Central, já representa 30% das operações de pagamento no país, revela a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, divulgada nesta quinta-feira (24) pela Federação Brasileira de Bancos. Em novembro, assim que foi lançado, o percentual era de 7%.

Segundo o levantamento, o percentual dos pagamentos feitos através de maquininhas de cartão no total de transações bancárias caiu de 68% em novembro do ano passado para 51% em março de 2021. Já a fatia das transações bancárias realizadas via transferências (DOC/TED) diminuiu de 25% para 19%. Veja gráfico abaixo:

PIX ganha espaço nas transações bancárias — Foto: Economia G1

Avanço da digitalização dos serviços bancários

A pesquisa mostrou o avanço da digitalização dos serviços bancários no Brasil.

As transações por celular foram 51% do total em 2020, sendo que o país tem 198 milhões de contas ativas em mobile banking. Em 2016, esse percentual era de 28% e, em 2019, foi de 43%.

Conforme o levantamento, 90% das contratações de crédito são feitas por canais digitais.

As transações nas agências caíram 28% e foram apenas 3% do total. Porém, negociação de dívida ainda é feito por esse canal, o que mostra que as agências ainda tem relevância, na avaliação de Sergio Biagini, sócio-líder para a Indústria de Serviços Financeiros da Deloitte Brasil.

Os caixas eletrônicos (ATMs) são um dos canais que vem perdendo espaço. Enquanto o mobile banking passou de 18,6 bilhões em transações em 2016, para 52,9 bilhões em 2020, os ATMs foram de 10,2 bilhões para 8,3 bilhões.

Já o autoatendimento passou de uma participação de 15% para 8% em quatro anos.

Número de agências bancárias caiu 5,4% em 2020

O número de agências bancárias no Brasil caiu 5,4% no ano passado, para 19,4 mil unidade. Nos últimos cinco anos, a queda é de 17,1%. Por outro lado, o número de postos de atendimento (PAs) subiu 5,6% em 2020, para 18,7 mil. Em cinco anos, a expansão é de 19,1%.

“A rede de agências é importante, ela não vai acabar, elas serão remodeladas. A agência é a ‘loja’ dos bancos, a vitrine no mundo físico. Elas vão ter cada vez mais um papel consultivo e para transações mais complexas”, disse Biagin.

Bancos informam investimento de R$ 25,7 bilhões em tecnologia

A pesquisa informa que os bancos no Brasil investiram R$ 25,7 bilhões em tecnologia no ano passado, um crescimento de 8% em relação a 2019.

Os investimentos em softwares aumentaram 15% em 2020, para R$ 14,4 bilhões. Entres os executivos de 21 bancos consultados, 93% citam a inteligência artificial como prioridade de investimentos. Em sendo em segundo lugar, com 80% das respostas, vem a automação de processos.

A pesquisa apontou que 10% dos investimentos em tecnologia são destinados à cibersegurança, ligados ao crescimento escalável do setor, atendimentos às novas regulações como Pix e open banking e trabalho remoto.

O levantamento mostrou ainda que 60% dos funcionários das áreas internas dos bancos estão trabalhando remotamente.

Fonte: G1

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