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Softbank investe na Pipefy, a startup que ‘empodera’ o backoffice

A Pipefy — a empresa de software que automatiza a gestão de processos dentro das empresas — acaba de levantar US$ 75 milhões numa rodada que vai financiar sua expansão nos Estados Unidos.

A Série C foi liderada pelo Softbank, que colocou US$ 50 mi do total, e teve a participação da Insight Partners, Redpoint eventures e Steadfast Capital, uma gestora de Nova York que investe em empresas de capital aberto e startups em estágio pré-IPO.

O fundador Alessio Alionço disse ao Brazil Journal que a rodada “fornece capital pra gente dar uma acelerada nos próximos anos e cruzar a linha dos US$ 100 milhões de receita anual, que já abriria espaço para um IPO nos EUA.”

Alessio começou a Pipefy em 2015 depois de passar por uma consultoria de turnaround. Trabalhava com excelência operacional e melhoria de processos. “Eu sou um apaixonado por isso… sempre brincam que eu sou o ‘nerd dos processos’,” disse o fundador.

O software da Pipefy ajuda as empresas na gestão das “solicitações de chamadas” nas áreas de RH, finanças e atendimento aos clientes. Por exemplo, quando um funcionário quer mudar a conta onde recebe o salário, ou quando o cliente de um banco quer aprovar um financiamento imobiliário, o software da Pipefy gere esses fluxos de forma mais eficiente.

“O que a gente faz é dar uma hiperprodutividade para o analista de backoffice que está lidando com centenas de solicitações, de forma que esse mesmo cara vai render por 50 profissionais,” disse o fundador. “Conseguimos aumentar entre 80% e 90% a capacidade de processamento de um colaborador, e um financiamento que podia demorar 5, 6 semanas para ser aprovado consegue sair em 4 horas.”

Em última instância, o resultado para as empresas é um aumento da receita e uma redução dos custos com mão de obra qualificada.

Antes da Pipefy, as empresas faziam a gestão dessas solicitações de duas formas: ou com planilhas Excel ou com softwares legados.

Nenhum dos dois oferece muita flexibilidade.

“Se a empresa queria aumentar o nível de automação ou mudar qualquer coisa no sistema, ela tinha que contratar uma equipe de TI que poderia levar meses para fazer aquilo,” disse Alessio. “No nosso software, qualquer pessoa consegue fazer isso em minutos sem nenhum conhecimento de programação.”

A solução da Pipefy já é usada por mais de 15 mil empresas (4 mil pagantes), incluindo gigantes globais como a Coca-Cola e a Warner, além de brasileiras como Itaú, Nubank e PagSeguro.

A startup opera num modelo freemium: o uso é gratuito até o limite de 10 usuários; a partir daí, as empresas pagam uma assinatura mensal que varia de acordo com o número de usuários habilitados.

Desde que fundou a Pipefy, Alessio sempre operou com uma tese global, e levou sua empresa para os Estados Unidos já no primeiro ano de operação.

Apesar disso, o Brasil ainda representa a maior parte da receita. Com a rodada, o plano agora é ganhar mais mercado nos EUA, de forma que o país se torne o maior mercado da empresa nos próximos dois anos.

A obsessão por ser uma empresa global veio de uma lição que Alessio aprendeu em Israel, onde trabalhou brevemente numa aceleradora de startups.

“Na época, perguntei para um cara da aceleradora como o ecossistema de Israel conseguia ser tão bom e tão competitivo.”

A resposta marcou o empreendedor: “Focamos no mercado internacional antes de focar no local, o que nos dá mais acesso a capital e torna nossos produtos mais competitivos. Vocês no Brasil deviam atacar o mercado global muito antes, mas acabam não fazendo isso porque a barreira que vocês têm da língua e da burocracia deixa vocês acomodados.”

Fonte: Brazil Journal

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