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Spotify despenca com ‘efeito Netflix’

Projeções pessimistas para o segundo trimestre também afetaram o papel em bolsa, que caiu 12,44%

O efeito Netflix respingou na maior plataforma de streaming de áudio do mundo, o Spotify. A companhia registrou crescimento tanto no número de usuários recorrentes quanto nas receitas do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira — mesmo diante da retirada de operação da Rússia, que causou um churn de 1,5 milhão de assinantes. Ainda assim, a ação do Spotify despencou 12,44% na bolsa de Nova York.

“Acho que muitas pessoas estão nos colocando no mesmo pacote da Netflix. Apesar de serem empresas de mídia e que obtêm sua receita por assinatura, é aí mesmo que as semelhanças terminam, para mim”, defendeu o CEO do Spotify, Daniel Ek. “O Spotify é uma plataforma, a Netflix não. O Spotify tem um serviço gratuito, a Netflix não. São negócios muito diferentes.”

Curiosamente, o ex-CFO da Netflix, Barry McCarthy, que mais tarde participou do IPO do Spotify, costumava dizer que o Spotify lhe lembrava seus primeiros 10 anos na Netflix.

A correlação vem de projeções também negativas para o segundo trimestre. Na semana passada, a Netflix derreteu após divulgar sua primeira perda líquida de assinantes em 10 anos e ao projetar uma redução ainda maior da base no segundo trimestre – ainda que as cifras do começo de ano não tenham decepcionado.

No Spotify, a base de assinantes aumentou em 2 milhões de contas, chegando a 182 milhões de mensalistas — 15% a mais do que no mesmo período do ano passado. Mas para o segundo trimestre, a companhia estima um prejuízo operacional de 197 milhões de euros e uma adição de 6 milhões de usuários, aquém das projeções do mercado.

O desafio da plataforma sueca de áudio guarda semelhança com o da plataforma americana de vídeo. Assim como a Netflix luta com as contas compartilhadas, que atraem usuário mas não lhe geram receita, uma pesquisa da consultoria Statista mostra que apenas 20% dos entrevistados tinha conta paga do Spotify nos Estados Unidos.

No Brasil, o terceiro maior consumidor atrás apenas do México e da Suécia, 36% assinam o serviço premium. A aposta para aumentar a penetração são os podcasts. Hoje, a plataforma conta com 11 milhões de criadores de conteúdo, número que a companhia quer multiplicar por cinco nos próximos anos.

As ações do Spotify já caíram pouco mais de 60% neste ano, que já começou com polêmica para o negócio, com artistas deixando a plataforma no primeiro trimestre por não se posicionar em relação à vacinação e dar espaço aos anti-vax. A companhia vale US$ 18,6 bilhões em bolsa.

Fonte: Pipeline Valor

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