A SmartStore, de minimercados autônomos em conjuntos residenciais — uma sensação na pandemia —, instalou uma unidade de teste em um hotel de Santos e outra em um condomínio empresarial de Sumaré, ambas em São Paulo. A ideia é fazer um piloto por 60 dias para observar a rentabilidade do modelo de negócio antes de lançá-lo para os licenciados.
Com 122 lojas em funcionamento, a start-up projeta chegar ao fim do ano com 200 abertas. Para isso, quer diversificar as opções além das áreas de moradia, avançando também entre as indústrias — hoje, dez pontos de venda já estão em plantas, metade deles na Ambev.
— A previsão é que 15% do total de minimercados fiquem dentro de empresas — afirma o fundador Evandro Machado.
O foco é fazer parcerias com fábricas com, pelo menos, 150 funcionários. O licenciado se responsabiliza por puxar o contato, e a SmartStore finaliza a negociação. A empresa que cede o espaço para a instalação do minimercado recebe até 5% do faturamento mensal da loja, que gira em torno de R$ 12,5 mil.
A expectativa é que a start-up, no mercado desde março de 2020, atinja receita de R$ 23 milhões em 2021. No ano passado, a operação rendeu R$ 3 milhões.
— A maioria dos licenciados são pessoas que perderam o emprego na pandemia e viram no nosso negócio uma oportunidade de recompor a renda — diz Machado.
A taxa de adesão é de R$ 12 mil, e a mensalidade da licença custa 5% do que o minimercado embolsar por mês com o comércio dos produtos. Os que têm mais saída são bebidas alcoólicas e sorvetes.
Em setembro passado, a SmartStore lançou um aplicativo no qual os consumidores podem checar o estoque das lojas e dar sugestões de mercadorias que gostariam de encontrar nas prateleiras. Foi assim que a venda de paletas mexicanas começou. Hoje, o item é o campeão da categoria de sorvetes.
Fonte: O Globo