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Uma joia de Eike vai a leilão; o preço e condições são um ‘negócio da China’

Um dos últimos e mais valiosos ativos de Eike Batista está indo a leilão na segunda-feira com condições e preço mínimo que chamam atenção.

À venda: uma debênture participativa que dá a seu detentor 2,415% do EBITDA da Anglo Ferrous Brasil, a antiga Minas-Rio, que Eike vendeu à Anglo American em 2008.

A mina está em processo de ‘ramp up’, e a debênture começa a pagar parcelas mensais em janeiro de 2025, numa bonança que vai durar até 2049 e colocar no bolso do detentor cerca de US$ 6 milhões por mês.

Em novembro de 2019, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro avaliou a debênture em US$ 200 milhões.

Mas um laudo da consultoria B2R, acatado pelo administrador judicial da massa falida da MMX, Bernardo Bicalho de Alvarenga Mendes, afirma que a debênture vale só um terço disso – apenas US$ 61,5 milhões – dando ao ativo um payback de cerca de 10 meses.

Este será o preço mínimo do leilão, cujo deadline para apresentação de propostas é segunda-feira. (O resultado sai na sexta, dia 10).

Mas se o preço mínimo já levantou as sobrancelhas de credores da MMX – que terão prejuízo se o ativo sair no preço mínimo – a pressa na condução do processo também chama atenção.

O processo de venda foi iniciado em 25 de novembro. No dia 29, o laudo foi anexado. E, no dia 30, o administrador da massa falida estipulou o tipo de investidor que poderia participar do leilão – dando aos potenciais compradores exatos seis dias para se preparar, um prazo ínfimo para qualquer investidor qualificado.

O prazo exíguo e o preço mínimo podem se traduzir em prejuízo não só para os credores da MMX como também para a própria Procuradoria Geral da República, que celebrou com Eike um acordo de delação premiada homologado pelo STF. No mês passado, o colunista Lauro Jardim reportou que a defesa de Eike pediu ao STF para usar a debênture para honrar seu acordo.

Gente que conhece o ativo está interessada na debênture.

Quando Eike fez a venda da Minas-Rio, três de seus executivos mais próximos na EBX – Paulo Gouvêa, Flávio Godinho e Joaquim Martinho, o executivo da MMX que ajudou a desenvolver a mina – ficaram com 3% da debênture.

Segundo o processo da falência, um ano atrás – aproveitando que um veículos de Eike que carregava a debênture foi extinto e a titularidade passou a outro veículo do empresário – um fundo controlado por Gouvêa notificou Eike de que aquilo ensejava o exercício do direito de preferência que cada cotista do fundo tem contra o outro, e fez uma oferta pelas debêntures.

A oferta de Gouvêa à época: R$ 187 milhões, ou US$ 33 milhões no câmbio de hoje.

Fonte: Brazil Journal

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