Com sede em Massachussets, a empresa informou nesta segunda-feira (18) que obteve resultados positivos nas duas primeiras fases de testes com seres humanos. A companhia prepara uma nova bateria e prevê pedido de registro da vacina
Em um momento onde todos propõem diferentes soluções para enfrentar a crise da pandemia, encontrar uma vacina para o vírus é, de fato o único ponto de convergência, mesmo que, a princípio, mais distante.
Essa espera, no entanto, pode ser abreviada. Com sede em Massachussets, o laboratório de biotecnologia Moderna revelou nesta segunda-feira, 18 de maio, que obteve resultados positivos nos testes iniciais para o desenvolvimento de uma vacina para a atual pandemia.
Segundo a empresa, os estudos da fase 1 da vacina em questão, realizados em seres humanos, produziram respostas imunes para prevenir a infecção. No processo, pessoas que receberam diferentes níveis de dose da vacina foram soroconvertidas em um prazo de 15 dias após receberem uma dose única, o que significa que produziram anticorpos.
A companhia também trouxe dados sobre os efeitos da segunda dose em diferentes grupos, aplicada duas semanas depois da primeira. Entre aqueles que receberam a menor quantidade da vacina, os níveis de anticorpos criados foram equivalentes ao observados em pacientes que se recuperaram da infecção.
Já entre aqueles que tiveram acesso a uma dose média, a produção de anticorpos foi bem superior aos níveis observados em pacientes recuperados. “Nossa equipe segue se concentrando em avançar o mais rápido possível para iniciar, em julho, a fase 3 do estudo”, disse Stephane Bancel, CEO da Moderna, em comunicado.
Segundo o executivo, se os testes nessa etapa forem bem-sucedidos, a empresa irá apresentar um pedido de licença da vacina. “Estamos investindo na ampliação da fabricação, a fim de maximizar o número de doses que podemos produzir para ajudar a proteger o maior número possível de pessoas.”