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CEO da SAP promove liderança feminina em mercado dominado por homens

Adriana Aroulho é uma das cinco mulheres à frente da SAP na América Latina, ocupando o cargo de presidente da empresa no Brasil. Em 2020, ela assumiu a posição de Cristina Palmaka, uma das pioneiras em se tornar presidente de uma empresa de tecnologia em 2013 e que agora lidera a SAP na América Latina e Caribe. Aroulho destaca a intenção de Palmaka em promover lideranças femininas na região e compartilha o mesmo objetivo de tornar essa agenda uma prioridade na empresa.

Palmaka também trouxe outras duas mulheres para a gestão na região: Ángela Gomes, presidente do México, e Marcela Perilla, diretora-geral do norte da América Latina. Claudia Boeri já liderava a região da América do Sul anteriormente.

Em 2019, Aroulho, que possui formação em Ciências Sociais e uma carreira anterior como bailarina, assumiu o cargo de diretora de operações da SAP. Nesse mesmo ano, a unidade de negócios no Brasil foi eleita a melhor do mundo. Um ano depois, ela foi surpreendida com o convite de Palmaka para participar do processo de sucessão no Brasil. Após refletir sobre a proposta, ela aceitou o desafio impulsionada pelo incentivo de seu marido, a quem conheceu por meio da dança.

O caso da SAP destaca-se em um setor dominado por homens, no qual as mulheres são frequentemente descartadas, como evidenciado pelas recentes demissões em massa nas empresas de tecnologia. A presença feminina na liderança da SAP Brasil é de 31%, enquanto na empresa como um todo é de 39%. A executiva reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer em relação à diversidade, não apenas em termos de gênero, mas também em outros aspectos.

A trajetória de Aroulho difere da maioria dos CEOs, com sua formação como bailarina e socióloga. Inicialmente, ela precisou decidir entre seguir uma carreira profissional no balé ou mergulhar no mundo acadêmico durante sua graduação em Ciências Sociais na USP. No entanto, acabou ingressando no setor de tecnologia por acidente. Após mais de duas décadas na HP, ela entrou na SAP em 2017. Sua experiência na gigante da computação, onde começou como estagiária, permitiu que ela compreendesse o funcionamento do mundo corporativo e abandonasse a ideia de seguir a carreira de dançarina.

Aroulho ressalta a importância de ter coragem em vez de medo, uma lição que ela costuma transmitir às suas mentoradas e que também guia sua própria trajetória. Ela assumiu o cargo de COO na SAP, o que lhe proporcionou uma visibilidade significativa e construiu relacionamentos valiosos dentro da empresa. Essa experiência preparou o terreno para sua ascensão à presidência. Sob sua liderança, a SAP Brasil registrou um crescimento de dois dígitos na receita anual, impulsionado pela transformação digital das empresas durante a pandemia.

Aroulho está determinada a atrair mais meninas para o campo da tecnologia por meio de ações externas da empresa, como atividades em ONGs, visitas a escolas e à própria SAP. A companhia também estabeleceu a meta global de alcançar a igualdade de gênero até 2030 e criou o BWN (Business Women’s Network), um grupo focado no desenvolvimento de talentos femininos e no envolvimento dos homens nas discussões sobre equidade de gênero.

Além disso, Aroulho apoia a causa da saúde mental e do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Ela encoraja a escolha e vive de forma autêntica, reconhecendo que o equilíbrio perfeito nem sempre é possível, mas é importante entender o que precisa de atenção em determinado momento. Sua própria experiência como mãe de dois filhos a levou a criar um programa de madrinhas na empresa para apoiar e receber as mães que retornam da licença-maternidade.

Aroulho destaca seu namoro com a academia e não descarta a possibilidade de migrar para o mundo acadêmico no futuro, após sua jornada no mundo corporativo. Ela se orgulha de suas formações em Ciências Sociais pela USP, especialização em administração de empresas pela FGV e MBA em gestão de tecnologia da informação pela FIA (Fundação Instituto de Administração – USP).

A presidente da SAP Brasil reconhece o apoio e a influência de seus pais, especialmente sua mãe, que valorizou o aprendizado do inglês, abrindo portas para oportunidades em sua carreira. Seu marido a incentivou a buscar a posição de presidente na SAP, e seus filhos a apoiaram nessa decisão. Além disso, ela atribui parte de seu sucesso aos seus líderes e mentores.

Fonte: Forbes

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