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Elon Musk, homem mais rico do mundo, compra o Twitter por US$ 44 bi

O Twitter aceitou a proposta de compra feita por Elon Musk, o homem mais rico do mundo, após uma reunião entre o empresário e executivos da rede social no domingo. Usuário e protagonista de muitas polêmicas na rede social, que tem quase 440 milhões de usuários no mundo, ele agora promete mudar seu funcionamento como dono.

Em comunicado, o empresário defendeu a “liberdade de expressão”, prometeu combater robôs e cogitou “autenticar” todos os usuários.  O fundador da gigante de carros elétricos Tesla e da companhia aeroespacial Space-X torna-se agora um magnata das redes sociais, como o líder do Facebook, Mark Zuckerberg.

A oferta feita aos acionistas por Musk prevê o pagamento de US$ 54,20 por ação, o que avalia a plataforma em US$ 44 bilhões (quase R$ 215 bilhões), um preço 38% acima do valor em Bolsa da empresa em 1º de abril, antes da proposta do bilionário.

É assim uma das maiores aquisições da história no mundo dos negócios. Com 16 anos de existência, a rede social que virou um fórum de debate público em vários países vai se tornar, agora, uma empresa de capital fechado. E, segundo analistas, deve ter sua política de moderação de conteúdo revista.

‘Liberdade de expressão é a base de uma democracia’, diz Musk

“Liberdade de expressão é a base de uma democracia funcional, e o Twitter é a praça digital onde temas vitais para o futuro da humanidade são debatidas”, afirmou Musk em um comunicado nesta segunda-feira, que ele reproduziu em sua conta na rede social seguida da expressão “Yesss!!!”.

Ele também deu sinais do que pretende mudar na plataforma: “Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando bots de spam (robôs que replicam mensagens) e autenticando todos os humanos.”

Mais cedo, antes do anúncio do acordo, ele havia tuitado: “Espero que até os meus priores críticos continuem no Twitter, porque isso é o que liberdade de expressão significa”.

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, tambem se manifestou na rede social: “O Twitter tem um propósito e uma relevância que impacta o mundo todo. Muito orgulhoso de nossas equipes e inspirado pelo trabalho, que nunca foi tão importante”.

Ações disparam

Musk já declarou ser contra qualquer tipo de marcação de conteúdo indevido ou de suspensão de publicações, sob o argumento de que defende a liberdade de expressão. E sua proposta de compra do Twitter foi saudada por políticos americanos de direita.

As ações do Twitter, que dispararam no mercado, tiveram suas negociações temporariamente suspensas por causa da operação. Voltaram a ser negociadas após o anúncio e fecharam em alta de 5,66% na Bolsa de Nova York, cotadas a US$ 51,70. Durante a segunda-feira, o papel chegou a valer US$ 52,29.

A oferta hostil — ou seja, não solicitada nem comunicada previamente aos acionistas — de Musk pelo Twitter a princípio foi rechaçada pelos executivos da rede social. A empresa chegou a adotar um mecanismo, conhecido como ‘poison pill’ (ou pílula do veneno, numa tradução livre) para dificultar sua compra.

Por esse mecanismo, caso houvesse compra de 15% ou mais das ações do Twitter no mercado, sem aprovação prévia do Conselho de Administração da companhia, a parte que assumisse o controle da empresa pagaria um valor extra aos acionistas atuais.

O clima nas negociações mudou no último fim de semana, após Musk ter conseguido um financiamento de US$ 46 bilhões para viabilizar sua oferta. Antes, o homem mais rico do mundo havia levado três ‘nãos’ em tentativa de obter crédito para comprar o Twitter.

Reviravolta na história do Twitter

Tornar-se uma empresa de capital fechado marca uma dramática mudança para o Twitter, uma companhia que começou sua história em 2006 como um serviço de mensagem para usuários compartilharem seus status com amigos.

Rapidamente, o Twitter se tornou em uma forma de as pessoas publicarem postagens curtas, de 140 caracteres ou menos, para uma audiência. O nome da rede foi grafado inicialmente como “Twttr” e só ganhou a grafia atual seis meses depois do lançamento, com direito a tuíte do cofundador Jack Dorsey, em março de 2006.

A rede social logo conquistou políticos, celebridades e jornalistas e assegurou o seu lugar entre as gigantes emergentes das redes sociais como o Facebook e o YouTube. Em cinco anos, ultrapassou a marca de 100 milhões de usuários. Atualmente, tem quase 440 milhões.

O Twitter tornou-se um modelo da nova e mais interativa forma de usar a internet, na realidade que veio a ser chamada de Web 2.0.

Em seguida à sua criação, em 2006, a companhia enfrentou uma série de crises, incluindo uma reestruturação gerencial que levou à remoção do cofundador Jack Dorsey nos primeiros dias da companhia e seu eventual retorno em 2015.

Após sua oferta pública inicial de ações (IPO), em 2013, a companhia considerou a venda de seu controle em 2016, chamando a atenção de grupos que vão da Disney à Salesforce.

Em 2020, Dorsey se envolveu numa disputa com um investidor ativista que forçou o Twitter a estabelecer metas específicas de crescimento e adicionar mais mecanismos de controle e transparência da administração da empresa.

Isso acabou funcionando como um catalisador para a segunda saída de Dorsey, que passou a focar em sua outra companhia, a Block, voltada para pagamentos digitais.

Fonte: O Globo

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