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Inflação de serviços no Brasil ‘preocupa um pouco mais’, diz Campos Neto no Senado

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou sua preocupação em relação à inflação de serviços no Brasil. Ele apontou que o índice dessa categoria tem apresentado uma queda gradual, porém permanece em um patamar acima da média.

Campos Neto também observou que o núcleo da inflação de serviços, que exclui os elementos mais voláteis, ainda mantém níveis elevados. Ele comentou: “No contexto brasileiro, a inflação de serviços é o aspecto que nos causa um pouco mais de apreensão atualmente. Embora tenhamos testemunhado uma queda lenta, a preocupação reside particularmente quando essa dinâmica afeta a inflação salarial. Apesar de termos observado melhorias recentes na inflação em geral, o núcleo da inflação de serviços permanece substancial.”

Ele adicionou: “A despeito da redução gradual na inflação de serviços, essa taxa ainda persiste em um patamar consideravelmente acima da média. Quando examinamos o núcleo dessa categoria, ao eliminar os componentes mais voláteis, constatamos que a tendência de queda não é evidente em intervalos mais curtos; em verdade, há indícios de um leve aumento.”

Roberto Campos Neto compareceu ao Senado Federal para prestar contas das decisões adotadas pelo Banco Central em relação à inflação, política de juros e estabilidade financeira. Em conformidade com a lei de autonomia estabelecida em 2021, o presidente do Banco Central é obrigado a fornecer explicações ao Congresso Nacional no mínimo duas vezes por ano.

Ele enfatizou: “Vale mencionar que amanhã [sexta-feira] teremos a divulgação dos números da inflação consolidada, e antecipamos uma ligeira melhora. No entanto, estamos monitorando a inflação de serviços como um fator crucial para a convergência de todos os elementos inflacionários.”

O índice oficial de inflação do Brasil, o IPCA, será divulgado nesta sexta-feira, 11 de agosto. Segundo os dados mais recentes fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa acumulada em 12 meses diminuiu para 3,16% até junho.

O IPCA-15, que é um indicador antecedente dos preços, apresentou uma queda de 0,07% em julho, resultado da redução nos preços da energia elétrica e dos alimentos.

No cenário base definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a projeção de inflação para o ano atual foi revisada para 4,9%, enquanto permaneceu em 3,4% para 2024. A estimativa para 2025 é de 3%.

Atualmente, as metas estipuladas pelo Banco Central são de 3,25% para este ano e 3% a partir de 2024, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em junho, o Conselho Monetário Nacional decidiu que, a partir de 2025, a meta será perseguida de forma contínua, não mais vinculada ao calendário anual.

O ciclo de redução de taxas de juros foi iniciado pelo Copom em 2 de agosto, com uma diminuição de 0,5 ponto percentual na taxa básica, de 13,75% para 13,25% ao ano. O voto decisivo para essa medida foi de responsabilidade de Campos Neto, resultando em uma decisão apertada de 5 a 4.

Fonte: Folha

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