Economistas reduzem expectativa do IPCA em 2023 de 4,63% para 4,59%
O mercado financeiro revisou para baixo a previsão da inflação deste ano, fixando-a em 4,59%, após a constatação de que o aumento dos preços em outubro ficou abaixo das expectativas. Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 0,04 ponto percentual, conforme indicado pelo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13). Na semana anterior, esse índice estava em 4,63%.
Na última sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação de outubro atingiu 0,24%, registrando uma leve desaceleração em relação aos 0,26% de setembro. Analistas consultados pela Bloomberg previam um índice de 0,29%.
Além da surpresa com a inflação abaixo das expectativas, o mercado reagiu também à aprovação da Reforma Tributária pelo Senado na semana anterior. O texto agora seguirá para a Câmara dos Deputados, uma vez que sofreu alterações no Senado.
Apesar da redução na previsão para este ano, os economistas elevaram a expectativa de inflação para o próximo ano, fixando-a em 3,92%. Na semana anterior, esse número estava em 3,91%. As projeções para 2025 e 2026 permaneceram inalteradas, mantendo-se em 3,5%.
A meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25%, e para os anos de 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Quanto aos principais indicadores econômicos, o mercado melhorou a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2025, fixando-a em 1,93%, um aumento de 0,03 ponto percentual em relação à semana anterior. As projeções para o crescimento econômico em 2023 (2,89%), 2024 (1,5%) e 2026 (2%) foram mantidas.
A cotação do dólar foi mantida em R$ 5 para este ano, mas houve um ajuste para cima nas previsões de 2024 (de R$ 5,05 para R$ 5,08) e 2025 (de R$ 5,10 para R$ 5,11).
Os economistas mantiveram as mesmas expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, em 2023 (11,75%), 2024 (9,25%), 2025 (8,75%) e 2026 (8,5%).
Fonte: Folha