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Nem mesmo a Amazon ficou imune ao “Efeito Shein”

Desde que a Shein colocou o Brasil como uma de suas prioridades operacionais, ela conseguiu atrair tanto os consumidores quanto a ira dos varejistas locais em proporções semelhantes. Redes como Riachuelo, Renner e Marisa foram impactadas pelo modelo controverso e repleto de descontos da plataforma chinesa.

Agora, os efeitos do chamado “Efeito Shein” parecem ter se expandido, provocando uma reação significativa de outra gigante do setor, transcendo as fronteiras do varejo brasileiro. Em um movimento incomum, a Amazon anunciou esta semana que, a partir de janeiro, reduzirá as taxas de transação para os vendedores cadastrados em seu marketplace nos Estados Unidos. Essa mudança será aplicada a itens de vestuário com preços inferiores a US$ 15.

Para produtos que se enquadram nesse critério, a taxa de transação será reduzida de 17% para 5%, em comparação com a cobrança anterior dos vendedores. Para itens com valores entre US$ 15 e US$ 20, a taxa será reduzida de 17% para 10%.

É notável que a Amazon, a maior varejista de roupas nos Estados Unidos, esteja reagindo dessa maneira, evidenciando que também não está imune ao impacto do “Efeito Shein”. Os analistas do BTG Pactual, Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, destacam que embora a Shein seja consideravelmente menor em termos de GMV (Volume Bruto de Mercadorias) em comparação com a Amazon, representando menos de 10%, a maior parte desse valor está concentrada em vestuário.

O relatório enfatiza que a capacidade única da Shein de criar diariamente novas peças de roupa, provenientes de uma cadeia de fornecimento simplificada, e disponibilizá-las imediatamente para venda, a torna a maior varejista nativa de roupas online. Enquanto a Amazon detém 40% do mercado de comércio eletrônico nos Estados Unidos, a Shein e outras ameaças chinesas, como TikTok e Temu, do grupo Pinduoduo, estão desafiando essa hegemonia.

O relatório destaca que a Temu oferece produtos semelhantes aos da Amazon, porém a preços mais baixos, enquanto a Shein, conhecida por suas roupas abaixo de US$ 10, está competindo diretamente em termos de preço. A redução nas taxas anunciada pela Amazon reflete uma resposta estratégica a essa competição, especialmente considerando a sensibilidade dos consumidores aos preços, acentuada pela inflação.

Com as trajetórias da Amazon e da Shein prestes a se cruzarem ainda mais, dado o recente pedido confidencial de listagem de ações nos Estados Unidos pela plataforma chinesa, a dinâmica do mercado de varejo online está claramente em evolução. Embora a Shein busque um valuation de US$ 66 bilhões, ela ainda está significativamente atrás da Amazon, avaliada em impressionantes US$ 1,5 trilhão e listada na Nasdaq.

Fonte: Neofeed

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