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Número de mulheres em Conselhos de empresas cresceu – pouco – em 2022

Levantamento mostra ainda que, das 22 posições ocupadas por profissionais do sexo feminino, dez estão ligadas aos comitês ESG

Número de mulheres nos conselhos saiu de 124 para 133, alta de apenas 7% Aerquivo

Em março do ano passado, o Fórum Econômico Mundial divulgou um levantamento segundo o qual, serão necessários 135,6 anos, ou mais que um século, para que haja paridade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Nos conselhos de administração das empresas, o avanço das mulheres são lentos, embora sejam constantes.

De acordo com o Women Corporate Directors Foundation (WCD), entre 2021 e este ano, o número de mulheres nos conselhos saiu de 124 para 133, alta de apenas 7%.

Já o número de eleitas para os conselhos fiscais registrou aumento no mesmo período – passou de 15, em 2021, para 21 agora. Conselhos de assessoramento também conta com mais mulheres neste ano, em relação ao ano passado, saindo de 13 para 23.

O levantamento da WCD, divulgado pelo Prática ESG com exclusividade, mostra ainda que, das 22 posições ocupadas por profissionais do sexo feminino em comitês, dez estão ligadas aos comitês ESG, seguido pelo comitê de Pessoas.

A novidade nesta instância, é que os comitês de Estratégia passaram a contar com quatro mulheres, neste ano. O número de mulheres eleitas como membro efetivo em conselhos de administração manteve-se praticamente igual ao do ano passado, porém, 22 mulheres foram reeleitas e outras três fizeram sua estreia. O levantamento foi realizado com 92 companhias e já leva em conta as eleições deste ano.

“Esses dados trazem um misto de frustração, por um lado, e de comemoração, por outro”, afirma Leila Loria, co-presidente da WCD. Segundo ela, a frustração se justifica pelo avanço ainda lento das profissionais em cargos-chaves como o conselhos. “Mas também comemoramos o fato desta presença estar acontecendo e mais, dificilmente uma mulher deixa de ser reeleita”, afirma ela.

A executiva aponta algumas barreiras que ainda precisam ser transpostas nas companhias para ampliar a presença feminina nestes órgãos. “A maior parte destes cargos é suprido por indicação e, normalmente, quem indica são os homens, porque ainda são maioria”, avalia Leila.

Uma tendência que, em sua opinião, deve mudar à medida em que mais headhunters forem incumbidos de preencher essas vagas. “Porque eles já têm uma cabeça mais diversificada, até por conta das atuais demandas que buscam perfis diferentes daqueles que tradicionalmente ocupam essa função”, acredita a executiva.

Ela acrescenta que, à medida que a jornada ESG ( sigla em inglês para responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa) avança dentro das companhias, a tendência é que se abra também mais espaço para o público feminino na alta gestão das companhias:

“Quando esta jornada começou, as próprias empresas perceberam que precisavam de pessoas com perfil diferenciado e foi aí que as mulheres entraram”.

Enquanto as empresas caminham lentamente para a diversificação de gênero, as executivas investem, cada vez mais, na própria formação para ocupar essas posições. É o caso da executiva Simone Torre, que por quatro anos comandou as operações da belga Puratos no Brasil, depois de passar dez anos trabalhando no exterior em cargos de liderança.

Quando trabalhou na farmacêucita GSK, Torres comandou as unidades da companhia na Venezuela, no México e na Costa Rica. No ano passado, ela concluiu o curso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e se prepara para voltar ao mercado, seja no comando de alguma companhia, seja como integrante de conselhos de administração.

“Acho importante estar atualizada e muito bem preparada para poder aportar não só meu conhecimento prático, como também das tendências globais que aprendemos nesses cursos”, diz ela que também realizou cursos de estratégia sustentável, da Harvard Business School, e de economia circular, da Universidade de Cambrigde.

Fonte: O Globo

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