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Oito aquisições ajudam Viveo a dobrar lucro

Na máquina de M&A que se transformou o setor de saúde recentemente, a Viveo parece saber bem como se beneficiar das compras. Desde o ano passado, foram 12 aquisições anunciadas, das quais oito já consolidadas no balanço anual de 2021, e ainda há outras 10 em conversas (iniciais ou avançadas).

A estratégia ajudou a dona da Mafra Hospitalar e da Cremer a dobrar o lucro líquido no ano passado, atingindo R$ 308 milhões, apesar de um quarto trimestre de menor ritmo no setor.

Soma-se aos M&As um ritmo de 14% de crescimento orgânico, considerando números ajustados para excluir efeitos fiscais positivos extraordinários. “Em geral a gente consegue dobrar o crescimento orgânico com o M&A”, diz Leonardo Byrro, CEO da Viveo, ao Pipeline. A receita total do ano foi R$ 6,2 bilhões, alta de 40,9%.

O perfil das adquiridas, como Laborsys, Tecno4 e PointMed, também traz margem adicional ao grupo fornecedor de suprimentos para hospitais e clínicas. “Segmentos como laboratório, varejo e serviços têm margens maiores e puxam nossa margem média para cima”, ressalta o CEO.

Os M&As acontecem também entre clientela corporativa da Viveo. Ainda que adicione pressão na negociação de preços, a consolidação em hospitais e clínicas acaba reforçando a tese da Viveo como fornecedora nacional, diz o executivo. “Nossa proposta de valor é mais atrativa para grandes grupos hospitalares do que pequenos. Para um grupo de 50 hospitais no país, comprar 10 mil itens por mês de forma fragmentada é ingerenciável, mas pode fazer sentido para um ou dois hospitais”, explica. “A nossa vantagem é ter poucos players no país com essa capacidade nacional. Atendemos 80% dos leitos no Brasil em 24 horas.”

A companhia tem investido para crescer em frentes como home care e clínicas de oncologia e também avançado em B2C, com a venda de medicamentos direto ao consumidor, por exemplo. Esse segmento de serviços ao usuário final representa cerca de 3% do faturamento, com perspectiva de chegar a 10% nos próximos anos.

Na inflação do setor, a Viveo tem conseguido repassar preços, ainda que com algum atraso para a margem, de dois a três meses. A saúde que não vai muito bem é na bolsa. Desde agosto, quando fez IPO, as ações da companhia acumulam queda de 36%. No ano, caem 15% ante alta de 8,5% do Ibovespa.

Ter chegado à bolsa após uma série de ofertas do setor pode ter afetado em alguma medida o interesse de novos investidores, mas Byrro acredita que um pouco mais de liquidez no papel e mais alguns trimestres de resultados positivos como companhia aberta podem melhorar esse diagnóstico.

Fonte: Pipeline Valor

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