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Supermercados paulistas têm deflação de 0,91% no acumulado do ano

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), elaborado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em colaboração com a Fipe, registrou uma taxa de inflação de 0,46% em outubro. Esse aumento de preços abrangeu quase todas as categorias de produtos, com exceção dos itens industrializados e de limpeza. No mês, destacaram-se os aumentos nas categorias de produtos in natura (2,94%), semielaborados (1,06%), bebidas (0,88%) e produtos de higiene e beleza (0,10%). Em contrapartida, as categorias de produtos de limpeza (-0,60%) e alimentos industrializados (-0,26%) apresentaram queda.

Comparando com o mesmo período de 2022, o IPS de outubro evidenciou uma significativa desaceleração, passando de 0,80% para 0,46%. Com esse resultado, o IPS acumula uma deflação de 0,91% no ano e uma inflação de apenas 0,38% nos últimos 12 meses.

A análise da inflação acumulada em 12 meses destaca a distinção entre os anos de 2022 e 2023. Em outubro de 2022, a inflação acumulada atingia 16,46%, enquanto no mesmo mês de 2023, como indicado, ficou abaixo de 0,4%.

A APAS projeta que, mesmo diante da volatilidade no cenário externo, a inflação da cesta de consumo das famílias nos supermercados paulistas encerrará o ano como a menor desde 2017, atingindo 0,75%. Essa expectativa baseia-se principalmente na deflação acumulada até o último mês e na tendência de baixa ou de alta moderada de itens importantes da cesta de consumo.

A categoria de produtos semielaborados, após quatro meses consecutivos de queda, registrou alta de 1,06% em outubro, impulsionada pelos aumentos nos preços da carne bovina (3,12%), aves (4,16%), cereais (1,21%) e pescados (0,35%). Por outro lado, leite e carne suína apresentaram queda nos preços ao consumidor final, com variações de -3,74% e -1,31%, respectivamente. Com esse resultado, a categoria acumula uma deflação de 7,71% no ano e uma queda ainda maior de 8,82% nos últimos 12 meses.

O preço do leite ao consumidor final em São Paulo mantém uma queda pelo quinto mês consecutivo, acumulando deflação de 5,33% no ano e 15,74% em 12 meses. Essa redução tem impactado os preços dos produtos industrializados derivados de leite.

A subcategoria de cereais, após quatro meses consecutivos de queda, registrou inflação de 1,21% em outubro, impulsionada pelos aumentos nos preços do arroz (3,33%) e do milho (0,84%). Em contrapartida, o feijão apresentou deflação de 2,83%. Com esse resultado, a subcategoria acumula uma inflação de 0,35% no ano e uma alta de 5,59% em 12 meses.

A categoria de produtos industrializados apresentou uma deflação de 0,26% em outubro, resultando em uma inflação de 0,69% no acumulado do ano e 1,75% em 12 meses. Esse desempenho mensal é atribuído à redução de preços em subcategorias como derivados de leite (-1,79%), derivados de carne (-1,29%), panificados (-0,77%) e enlatados e conservas (-0,43%). Em sentido oposto, subcategorias como adoçantes (3,04%), café, achocolatados em pó e chás (0,97%), óleos (0,70%), doces (0,49%), alimentos prontos (0,41%) e massas, farinhas e féculas (0,23%) registraram aumento nos preços.

Produtos in natura inflacionaram 2,94% em outubro, impulsionados pela alta nos preços dos tubérculos (11,29%) e das frutas (2,94%). Por outro lado, verduras, legumes e ovos apresentaram redução nos preços em outubro, com variações de -2,89%, -2,97% e -0,60%, respectivamente.

Dentro da subcategoria de frutas, as principais variações incluíram aumento nos preços de frutas de época (12,45%), mamão (8,71%) e maracujá (7,12%), e queda nos preços de melão (-10,15%) e abacaxi (-3,55%). Na subcategoria de legumes, as maiores quedas foram registradas em beterraba (-11,93%), cenoura (-7,15%) e tomate (-5,23%).

No que diz respeito aos tubérculos, a batata, após uma forte queda no ano, aumentou 23,19% em outubro, assim como a cebola, que variou 8,20%. Apesar desses aumentos, no acumulado do ano, cebola e batata ainda acumulam quedas de 53,8% e 27,3%, respectivamente.

A subcategoria de bebidas registrou uma inflação de 0,88% em outubro, sendo impulsionada pelo aumento nos preços dos refrigerantes (0,78%). Entre as bebidas alcoólicas, a maioria dos itens apresentou inflação no mês, incluindo cerveja (1,25%), aguardente (2,30%), champanhe (1,45%) e vodca (1,29%). Apenas o vinho apresentou queda nos preços em outubro, com uma variação leve de -0,5%.

A categoria de produtos de limpeza apresentou deflação de -0,60% em outubro, influenciada pela queda nos preços de diferentes tipos de sabão (em pó, líquido, em barra) e detergentes.

A categoria de artigos de higiene e beleza registrou uma leve alta de 0,10% no mês. Essa elevação não difere do cenário apresentado em notas técnicas anteriores. Ambas as categorias (limpeza e artigos de higiene e beleza) vêm desacelerando consistentemente desde o último quadrimestre de 2022 e, desde agosto, passaram a apresentar deflação.

Fonte: Super Varejo

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