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Liderando a IBovespa, Via Varejo adquire AirFox, fintech de criptomoedas

A Via Varejo, que lidera os ganhos do Ibovespa desta segunda-feira (25), concluiu a aquisição da Airfox, uma fintech que usa criptomoeda para facilitar empréstimos. A varejista é a maior do Brasil e dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio.

Com sede em Boston, a Airfox é fundada por um brasileiro e desenvolve soluções de finanças e empréstimo para o público desbancarizado. Sua principal solução é o banQi, um aplicativo que oferece conta digital para brasileiros desde meados de 2019. O app permite fazer pagamentos, transferências e comprar recarga de celular, entre outras transações, sem precisar de conta bancária tradicional.

Clientes também podem fazer depósitos e saques em unidades das Casas Bahia e na rede Lotéricas. O app ainda permite pagar carnês e acompanha um cartão de débito. A possibilidade de oferta de empréstimo é aventada desde o ano passado, mas ainda não está disponível. A aquisição, no entanto, pode mudar esse cenário.

Segundo nota o jornal americano Boston Globe, a compra da Airfox faz a Via Varejo ir além do ramo atual e se tornar uma provedora de serviços financeiros ao consumidor. O valor da aquisição não foi revelado. Na segunda-feira, a Via Varejo (VVAR3) liderou a alta do Ibovespa com subida de 15,56%. No total, a bolsa brasileira cresceu 4,25% e alcançou 85.663 pontos.

A alta é alavancada pelo otimismo do mercado, mas também leva em conta a aquisição da Airfox. A dona das Casas Bahia e Ponto Frio iniciou a compra no começo do ano e, enfim, fechou a compra de 100% das ações.

‘Criptomoeda da Via Varejo’

A Airfox levantou, em 2017, US$ 15 milhões na Oferta Inicial de Token (ICO) do AirToken (AIR). Trata-se de um token ERC-20, o padrão mais popular de ativo em blockchain Ethereum. O criptoativo tem papel na facilitação de crédito para população de baixa renda.

O uso de criptomoeda por instituições financeiras não é novo. Grandes bancos, inclusive, usam criptomoedas para acelerar a compensação de pagamentos em moeda estrangeira.

O Itaú, por exemplo, utiliza a Ripplenet, blockchain da Ripple, para validar transações feitas no exterior. Do mesmo modo, o One Pay, do Santander, usa blockhain para validar a transferência de moeda fiduciária.

No entanto, a solução da Via Varejo promete ir além. O AirToken, segundo a startup, tem a função facilitar a transferência valores pelo celular e pagamentos de bens e serviços. Além disso, é usando em uma plataforma de microcrédito ponto a ponto.

Mesmo quem não tem conta bancária ou score de crédito pode conseguir levantar valores. Além disso, outros usuários do app banQi também podem financiar empréstimos por meio da plataforma.

A análise se baseia na movimentação da conta digital e em machine learning, uma técnica de inteligência artificial. As operações são intermediadas pelo AirToken.

A empresa adquirida pela Via Varejo defende que as taxas de juros cobradas nos empréstimos são menores do que no mercado. Enquanto cartões de crédito costumam cobrar de 8 a 10% ao mês mesmo com Selic baixa, usuários do banQi pagariam entre 3% e 5% por mês.

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