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A Gol já pagou a incorporação da Smiles — e tem mais sinergias no radar

Unificação do inventário, sinergias fiscais e capital de giro já trouxeram R$ 1,3 bilhão para o caixa da companhia aérea

Um ano após a incorporação da Smiles, uma difícil negociação que só prosperou após longa contenda entre os controladores da Gol e os minoritários do programa de fidelidade, a companhia aérea da família Constantino vem conseguindo mostrar que os dois negócios funcionam melhor juntos.

“A aquisição se pagou em menos de um ano e a Smiles hoje fatura mais do que no pré-pandemia”, disse Carla Fonseca ao Pipeline, em sua primeira entrevista desde que migrou da operação argentina para assumir como CEO da Smiles.

Uma das principais lideranças do grupo — a executiva acumula o cargo de CXO, uma área de 9 mil funcionários que cuida de as relações com os clientes —, Fonseca lembra que a preservação do valor da Smiles era um assunto delicado antes da incorporação.

“Ninguém tinha dúvida de que era o melhor para o grupo, mas o desafio era descobrir como fazer. Era muito complexo preservar o valor do negócio da Smiles, mas já considero um case de mercado”, disse ela.

Além de vender mais do que no pré-pandemia — a Smiles se aproximou de R$ 1 bilhão de faturamento no segundo trimestre, um recorde —, a incorporação pela Gol eliminou muitas amarras, como o limite para a venda direta de milhas e a gestão separada do inventário de passagens áreas.

Com o inventário unificado, as melhoras de capitai de giro e as sinergias no âmbito fiscal, a Gol já conseguiu capturar R$ 1,3 bilhão em caixa. Além disso, a companhia vê mais benefícios pela frente e estima que mais R$ 3 bilhões em fluxo de caixa incremental poderão aparecer nos resultados da companhia aérea nos próximos anos.

Juntas, Gol e Smiles também podem conhecer melhor os clientes, unificando o CRM (o software de gestão do relacionamento com os clientes). “Quando eram separadas, não tínhamos uma visão única do cliente. Cada empresa adotava uma estratégia”, lembra.

No radar da executiva, há uma lista extensa de tarefas para aproveitar os benefícios de ser uma companhia só. Na lista, está a unificação da base de clientes, com a criação de um login único para acesso aos sites de Gol e Smiles, e a unificação dos canais de atendimento, o que deve ser completar no primeiro trimestre de 2023.

Um dos principais benefícios pode ser o cross-selling entre clientes de Gol e Smiles. Atualmente, o programa de fidelidade conta com mais de 20 milhões de clientes cadastrados e 6 milhões ativos, mas boa parte dos usuários que compram bilhetes na Gol ainda não usam são clientes da Smiles.

“Começamos a olhar essas bases para olhar. Ainda não temos todos os dados, mas já sabemos que a oportunidade de é cross-selling muito grande”, diz a CEO da Smiles.

Em bolsa, a Gol vale R$ 4,3 bilhões. No ano, o papel cai 40%.

Fonte: Pipeline Valor

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