Com faturamento de R$ 320 milhões em 2023, a multinacional de produtos argentinos quer acelerar expansão no país
A Havanna, renomada rede de produtos, encerrou o ano com um crescimento aproximado de 15%, alcançando um faturamento de R$ 320 milhões. Reconhecida por incorporar o sabor do doce de leite argentino em uma variedade de formas, como alfajores, cafés e panetones, a filial brasileira da empresa está otimista quanto ao ano de 2024.
A projeção de crescimento de 40% é impulsionada por novas receitas e sabores, seguindo a trilha de empresas como Sodiê e Vivenda do Camarão. A estratégia da rede de franquias de cafeterias inclui uma incursão no mercado supermercadista, abrangendo varejistas e atacadistas. Essa iniciativa, que teve início há quatro meses, já acumulou um faturamento superior a R$ 8 milhões, surpreendendo positivamente. Alessandro Santoro, diretor comercial e de franquias da Havanna, destaca esse resultado, conquistado sem grandes esforços.
Santoro, recentemente integrado à empresa durante o processo de reestruturação, traz consigo uma vasta experiência em empresas renomadas como Habib’s, Ragazzo, Hooters Brasil e Santander. No mesmo período de mudanças, a empresa contratou Cristiane Camargo como gerente nacional de vendas de atacado e varejo, uma profissional com 20 anos de experiência em empresas como Frooty, Paramount Home Entertainment, Carrefour e Pontofrio.
A expansão da Havanna no mercado brasileiro será liderada por Cristiane, focando especialmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Nesse teste inicial, os produtos já chegaram a importantes supermercadistas como o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour. A meta para 2024 é consolidar a presença em mais de 5.000 pontos de venda, através da implementação de uma estrutura comercial composta por 25 representantes e 40 distribuidores em todo o país.
A estratégia de inserção nos supermercados visa oferecer opções distintas em sabores e ofertas, evitando a competição direta com os franqueados da marca. A Havanna calcula que esse movimento resultará em um acréscimo de R$ 45 milhões no faturamento no primeiro ano, fortalecendo o reconhecimento da marca em novos mercados e contribuindo para a abertura de novas franquias.
Para concretizar esses planos ambiciosos, a Havanna planeja investir R$ 15 milhões em 2024. Esses recursos não se destinam exclusivamente à nova frente de expansão, mas também abrangem o fortalecimento da marca, o aprimoramento do e-commerce (responsável por 10% do faturamento), e a área de licenciamento de produtos, que contribui com outros 15% da receita.
Além da incursão nos supermercados, a Havanna busca a abertura de novas franquias como principal motor de expansão. Em 2023, a rede encerrou com 220 unidades, prevendo a abertura de mais 60 nos próximos 12 meses. O modelo de negócio oferece franquias com valores variando de R$ 180.000 a R$ 600.000, e a rede planeja lançar uma terceira opção no primeiro trimestre.
O diretor destaca que a estratégia de diversificação visa atender a um desafio enfrentado por grandes redes de alimentos, especialmente aquelas dependentes de unidades em shopping centers, que sofreram impacto significativo durante a pandemia de 2020 com o fechamento desses espaços. A ambição da Havanna brasileira é atingir 500 unidades até 2025, potencialmente tornando-se a principal unidade da Havanna no mundo, superando até mesmo a matriz argentina, que atualmente ocupa a liderança entre os 12 mercados em que a Havanna está presente.
Fonte: Exame
