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Bemobi compra a Nomo e fortalece suas soluções para telecom

Quando os fundadores da Nomo buscaram financiamento para estabelecer uma operadora virtual de telecomunicações (MVNO), bateram à porta de Pedro Ripper, o CEO da Bemobi.

Naquela época, Pedro optou por não investir na startup, considerando o mercado de MVNOs praticamente inviável no Brasil. No entanto, apreciando os empreendedores, fez uma promessa:

“Se um dia decidirem migrar para o mercado B2B, procurem-me novamente.”

Três anos depois, esse dia chegou.

A Nomo decidiu pivotar seu modelo de negócios após enfrentar dificuldades para tornar rentável sua abordagem B2C. Os fundadores novamente procuraram Ripper.

Agora, a Bemobi está adquirindo 51% da startup por R$ 11,5 milhões, obtendo uma opção de compra para o restante do capital nos próximos quatro anos — a um múltiplo menor do que o pago inicialmente.

A transação foi totalmente em dinheiro, principalmente secundária, proporcionando a saída dos investidores da rodada de 2021, incluindo Elie Horn, Ronaldo Iabrudi e o family office de Jacques Nasser.

Dos R$ 11,5 milhões, R$ 7,5 milhões serão destinados à reestruturação da base acionária, permitindo aos investidores recuperar seu investimento sem lucro. Os R$ 4 milhões restantes serão injetados no caixa da startup.

Os três fundadores — Henrique Garrido, Marcos José Augusto e Gabriel Lima — não receberão pagamento imediato, mas manterão os 49% restantes do capital, alinhando assim seus interesses com os da Bemobi.

A operação da Nomo apresenta sinergias evidentes com a Bemobi, que atende a mais de 100 operadoras móveis em 50 países, incluindo Vivo, Tim e Claro, além de mais de 200 provedores de banda larga, desde grandes empresas de telecomunicações até provedores de serviços de Internet.

Um dos produtos da Bemobi para operadoras móveis é uma solução de meio de pagamento para planos digitais. A ideia é realizar upsell, oferecendo as soluções da Nomo para esses clientes, que incluem um aplicativo white label com uma experiência do usuário otimizada e um módulo de portabilidade digital.

Para operadoras de banda larga, a Nomo desenvolveu software e sistemas que facilitam a integração com redes independentes de fibra óptica.

Pedro Ripper destaca a tendência global de operadoras vendendo redes de fibra, e a Nomo criou uma solução para conectar essas duas pontas. Como a Bemobi já atende mais de 200 dessas operadoras, o potencial de venda desse produto é significativo.

Atualmente, a Nomo gera cerca de R$ 3 milhões por ano com suas soluções B2B, atendendo apenas três clientes. Com a Bemobi, o potencial de crescimento da receita é substancial. Uma parceria recente já resultou em um contrato com uma grande operadora móvel global, que deve dobrar a receita.

Pedro Ripper aponta que, no cenário B2C, embora a Nomo tivesse uma receita maior, a operação era deficitária e exigiria um grande investimento para atingir a escala necessária para se tornar lucrativa. Ele destaca os desafios enfrentados pelas MVNOs no Brasil, como preços elevados de voz e dados no atacado, levando-as a operar com margens maiores do que as grandes operadoras. Além disso, o custo de aquisição de clientes é alto para as MVNOs independentes, sem os benefícios de uma grande rede de vendas, como varejistas ou bancos.

“Ter um custo de marketing elevado combinado com um custo de insumos alto torna a equação muito difícil,” observa Ripper. “A Nomo percebeu que, nas condições atuais, seria uma jornada mais longa, exigindo mais capital, especialmente em um momento desafiador no mercado de venture capital.”

Fonte: Brazil Journal

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