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Eli Lilly recorre aos esquilos na busca de um “Ozempic para chamar de seu”

Originário das pradarias da América do Norte, o esquilo terrestre de 13 linhas emerge como um potencial catalisador para uma nova geração de medicamentos destinados à perda de peso. Essa é a estratégia da renomada empresa farmacêutica Eli Lilly, visando manter sua posição como a empresa de saúde mais valiosa globalmente.

Atualmente avaliada em aproximadamente US$ 552 bilhões, a empresa americana testemunhou um aumento de cerca de 60% em suas ações ao longo de 2023. Esse crescimento é atribuído, em grande parte, ao êxito do antidiabético tirzepatida. Aprovado em maio de 2022 e comercializado sob o nome Mounjaro, o medicamento rapidamente encontrou aplicação off-label para a perda de peso.

Os resultados foram notáveis. No segundo trimestre de 2023, as vendas do Mounjaro dispararam 72,3% em comparação com o trimestre anterior, atingindo a marca impressionante de US$ 979,7 milhões. Esse valor superou significativamente as projeções dos analistas, fixadas em US$ 743 milhões.

Na mais recente estratégia para conquistar o mercado de fármacos que atuam sobre o GLP-1, hormônio da saciedade avaliado em US$ 100 bilhões, a Eli Lilly estabeleceu uma parceria com a empresa de biotecnologia Fauna Bio, responsável pelos estudos com o esquilo.

Fundada em 2018 em Emeryville, Califórnia, pela veterinária e CEO Ashley Zehnder, pela geneticista e CSO Katie Grabek, e pela bióloga e CTO Linda Goodman, a startup concentra-se na pesquisa de animais hibernadores em busca de novos tratamentos para diversas doenças humanas.

A equipe da Fauna Bio desenvolveu uma plataforma baseada em inteligência artificial (IA), denominada Convergence AI, para identificar os genes responsáveis por permitir que esses animais sobrevivam por longos períodos sem alimentação, hidratação ou movimentação, além de outras adaptações extremas.

A parceria entre a Eli Lilly e a Fauna Bio implica um pagamento inicial à biotech (cujo montante não foi divulgado). A empresa de Emeryville tem a possibilidade de receber até US$ 494 milhões em pagamentos por ensaios pré-clínicos, clínicos e comerciais, além de royalties sobre a venda de produtos desenvolvidos a partir de suas descobertas.

Este acordo representa mais um passo da farmacêutica em direção a empresas de biotecnologia que oferecem abordagens inovadoras para o tratamento da obesidade. Em agosto, a Eli Lilly adquiriu a Versanis Bio, fabricante do bimagrumab, atualmente em fase 2 de estudos para uso isolado e em combinação com a semaglutida (Ozempic) da Novo Nordisk.

Os acionistas da Versanis podem potencialmente receber até US$ 1,925 bilhão em dinheiro, incluindo o pagamento antecipado e pagamentos subsequentes após o cumprimento de marcos específicos de desenvolvimento e vendas, de acordo com os termos do contrato.

Em novembro, a Eli Lilly também investiu US$ 60 milhões na rodada série A da OrsoBio, uma biotech fundada em 2022 que está testando o antidiabético TLC-3595, cujo mecanismo de ação também se relaciona com o GLP-1.

Além disso, no mesmo mês, a empresa anunciou a construção de uma fábrica na Alemanha, avaliada em US$ 2,5 bilhões, em resposta à crescente demanda por medicamentos para emagrecer, que superou a capacidade de produção dos laboratórios.

O entusiasmo em torno dos agonistas de GLP-1 teve início com o Ozempic, lançado em 2017, que ganhou popularidade em 2022, quando personalidades, influenciadores e executivos do Vale do Silício inundaram as redes sociais celebrando a perda de peso. Esse fenômeno catapultou a Novo Nordisk para o posto de empresa mais valiosa da Europa.

A Eli Lilly, por sua vez, respondeu rapidamente, intensificando a competição com sua principal concorrente e agora conta com os esquilos hibernadores como aliados nessa disputa.

Fonte: Neofeed

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