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Fusões e aquisições no varejo têm melhor desempenho em 20 anos

Entre janeiro e dezembro de 2021, volume de negócios alcançou faturamento de US$ 311 bilhões

As operações de fusões e aquisições globais no setor de consumo e varejo encerraram o ano passado com desempenho recorde: foram 5.917 transações em doze meses. Essa marca supera em 6% o total verificado ao longo de 2020 e se consolida como o melhor resultado dos últimos 20 anos.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, o volume de negócios alcançou faturamento de US$ 311 bilhões, alta de 12% na comparação com o período anterior. Os dados constam na publicação “Global Consumer & Retail 2022 M&A Outlook”, realizada anualmente pela KPMG.

De acordo com a pesquisa, o número recorde de transações em consumo e varejo foi impulsionado pelo bom desempenho de Estados Unidos, Reino Unido e China. Juntos, os três representam 40% de todos os negócios realizados mundialmente. O texto destaca ainda que, no Brasil, o setor dobrou o volume de negociação apenas nos primeiros nove meses de 2021.

“Apesar de condições desfavoráveis, como o aumento das taxas de juros, observamos que as empresas estão reavaliando estratégias de desenvolvimento e transformando os modelos de negócios para capturar novas tendências de consumo, enquanto aprimoram a gestão de caixa para enfrentar esse período de incertezas e sustentar o crescimento recente”, resume o sócio-líder de consultoria em transações para o setor de consumo e varejo da KPMG no Brasil, Alan Riddell.

Saúde, bem-estar e agenda ESG 

O levantamento apontou que, entre os segmentos, o de alimentos e bebidas foi o que mais registrou fusões e aquisições, especialmente devido à expansão de itens de saúde e bem-estar. As transações na área de produtos de consumo aumentaram 5% em relação ao ano anterior, graças ao interesse crescente em cuidados com animais de estimação. Além disso, os negócios de varejo de internet e por catálogo continuaram em ritmo crescente, fechando o ano com 22% de participação.

A agenda ESG, que engloba conceitos ambientais, sociais e de governança, tornou-se um fator cada vez mais determinante nas negociações, segundo as conclusões da pesquisa. Consumidores e investidores estão mais atentos a opções de alimentação saudável, ingredientes à base de plantas, cadeias de suprimentos sustentáveis e práticas éticas da força de trabalho. Ainda conforme o estudo, a tecnologia se consolida como grande influência, capaz de abrir diversas oportunidades para conquistar alvos de comércio eletrônico e estabelecer canais diretos com o público.

“Uma grande tendência é a reformulação de portfólio para se adaptar às demandas dos consumidores em rápida transformação e racionalizar a concorrência onde as empresas são mais fortes. De olho no futuro, os varejistas estão mudando constantemente para o comércio online, mas sem deixar de investir em lojas físicas”, afirma o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa.

Perspectivas para o ano

O relatório indica que as operações de fusões e aquisições no mercado de consumo e varejo seguirão tendência de alta na América do Norte neste ano. Porém, o mesmo não será observado na América do Sul, em parte devido ao ambiente econômico em reestruturação. Por outro lado, a interrupção da cadeia de suprimentos global pode beneficiar os países sul-americanos, já que investidores norte-americanos e europeus deverão explorar fontes alternativas e isso deve impulsionar as transações internacionais.

Segundo a publicação, os impulsionadores de negócios incluem resiliência, canais para o mercado, recursos de última geração e agenda ESG. Dessa maneira, as tendências de investimento que começaram durante a pandemia seguem firmes, principalmente no setor de saúde, ativos diretos ao consumidor, negócios sustentáveis e comida afetiva.

Fonte: Mercado e Consumo

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