O nome Mandiant será mantido e a empresa continuará a publicar pesquisas de ameaças de forma ampla para o conhecimento de todos e não apenas para os clientes do Google
O Google concluiu nesta segunda-feira, 12, a aquisição da empresa americana Mandiant por US$ 5,4 bilhões, em um movimento que traz a gigante de inteligência em ameaças e resposta a incidentes sob o guarda-chuva do Google Cloud.
As duas empresas anunciaram o acordo — uma das maiores compras do Google — em março, depois que uma suposta compra pela Microsoft fracassou. Seis meses e um processo de acionistas depois, os serviços e produtos combinados das duas empresas prometem ao clientes uma “abordagem mais proativa” para as operações de segurança, de acordo com o CEO do Google Cloud, Thomas Kurian.
“A incorporação da Mandiant Threat Intelligence, que tem equipes de segurança e inteligência em ameaças espalhadas por 22 países, e atendem clientes localizados em 80 países, dará aos profissionais de segurança maior visibilidade e experiência nas linhas de frente”, escreveu Kurian.
“Assim como as equipes de detecção de ameaças e resposta a incidentes da Mandiant, seus recursos de gerenciamento de superfície de ataque e serviço de validação de segurança farão parte do portfólio do Google Cloud”, acrescentou o CEO. Este último usa a inteligência em ameaças da empresa para medir o desempenho dos controles de segurança de uma organização em relação a ataques reais e técnicas de hackers, e atribui a eles uma pontuação com base em sua preparação.
O nome Mandiant será mantido e a empresa continuará a publicar pesquisas de ameaças de forma ampla para o conhecimento de todos e não apenas para os clientes do Google Cloud. A empresa, que foi a primeira a descobrir o ataque cibernético à SolarWinds e atribuí-lo a criminosos patrocinados pelo governo russo, ganhou reputação como uma das principais empresas de inteligência em ameaças.
O fundador e CEO da Mandiant, Kevin Mandia, disse que a aquisição tornará a empresa “mais forte” e protegerá melhor as organizações contra ataques cibernéticos. “Mais especificamente, podemos aproveitar nosso diferencial de inteligência para automatizar as operações de segurança e validar a eficácia da segurança.”
Em uma entrevista anterior ao site The Register, o vice-presidente de segurança do Google Cloud, Sunil Potti, disse que a compra da Mandiant, juntamente com outros investimentos em segurança da empresa, se encaixa no plano número três da provedora de nuvem para conquistar clientes da Amazon e da Microsoft.
A mudança para posicionar o Google como uma “marca em segurança” começou há quase quatro anos, mesmo antes de a SolarWinds marcar o início da era de ataques abrangentes à cadeia de suprimentos de TI corporativa, disse Potti. O objetivo final, no entanto, continua sendo migrar grandes organizações para o Google Cloud.
Fonte: Ciso