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Iguatemi prepara follow-on para financiar M&A

Oferta coordenada pelo BTG vai levantar entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões

O grupo Iguatemi, da família Jereissati, vai fazer uma oferta subsequente de ações (“follow-on”) para levantar entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões, apurou o Pipeline. Os recursos serão usados para financiar uma aquisição em curso pela companhia, segundo fontes a par do assunto.

O BTG Pactual é o coordenador líder da transação. Uma oferta agora avança num momento do preço do papel em recuperação. Em 2022, a ação (IGTI11) sobe 17,5%, sendo negociada hoje a R$ 20 — em 12 meses, o recuo é de 4%.

A Iguatemi e a Jereissati Participações propuseram aos acionistas, em junho de 2021, uma reestruturação societária, aprovada posteriormente, que levou a criação de uma única companhia e o fim da Jereissati. Com isso, a estrutura foi simplificada e foi aberto espaço para futuras captações, e fechamento de aquisições no mercado, sem que família perdesse o controle da companhia.

Na reestruturação concluída no ano passado, a Jereissati Participações, holding da família que controla o Iguatemi, incorporou 100% da empresa de shoppings e passou a negociar units.

A Iguatemi vem prospectando aquisições de negócios nos últimos meses, após essa reorganização, e vinha sendo articulado um possível acordo com ativos da Brookfield, envolvendo a compra de uma participação maior no Pátio Higienópolis (empresa já tem 11,5% do empreendimento), mas isso acabou não avançando.

Valor apurou que as conversas pararam de evoluir após múltiplos, pedidos pela Brookfield, acima do esperado pelo mercado. A Brookfield teria pedido um “cap rate” (taxa de capitalização) de 5,8%, considerada alta demais por empresas que avaliaram o ativo, e um parâmetro de preço no setor.

Mas a Brookfield ainda estaria interessada em se desfazer de seus empreendimentos, que além do Higienópolis, incluem o Pátio Paulista e o Rio Sul.

Em entrevista ao Valor na semana passada, Cristina Betts, CEO da Iguatemi, perguntada sobre o aumento de expectativa do mercado de fechamento de alguma operação, já que a reestruturação de 2021 tinha, em parte, esse objetivo, Betts lembrou que ainda há “ativos de boa qualidade” no setor, e disse que o mercado quer que a empresa avalie e busque bons negócios. “Não vamos fechar algo só por fechar”, disse.

Há informações circulando no setor sobre um eventual venda da participação de 33% da Gazit no Cidade Jardim, shopping voltado a alta renda em São Paulo, apurou o Valor. A Gazit, empresa israelense de shoppings, teria sondado, por meio de representantes, eventuais interessados em alguns de seus ativos, como o Cidade Jardim, diz uma fonte.

Só que a JHSF, de Zeca Auriemo, tem 50,01% do empreendimento, e o direito de preferência na aquisição, assim como o fundo imobiliário da XP (XP Malls), com cerca de 17% do empreendimento. Para fontes ouvidas, é um negócio difícil de sair com a Iguatemi, porque num eventual desejo da Gazit de buscar liquidez com seus ativos, a JHSF avaliaria a compra da fatia.

Procurado, o Iguatemi não comentou.

Fonte: Pipeline Valor

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